Mulheres avançam na previdência
O público feminino – mais longevo que o masculino – já representa 40% dos clientes dos planos. As mulheres já somam 40% dos participantes de planos de previdência complementar no Brasil. Os dados são da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) e refletem o aumento da participação feminina no mercado de trabalho e na posição de chefe de família. Segundo levantamento de 2006 do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos), realizado no Distri-to Federal e nas cinco regiões metropolitanas onde a Pesquisa de Emprego é realizada, a População Economicamente Ativa (PEA) feminina somava 8,878 milhões de pessoas, o correspondente a 46,7% da PEA metropolitana.
Outra pesquisa da consultoria Quorum Brasil aponta 17% das mulheres com idade entre 20 e 29 anos costumam investir em planos de previdência privada. Na faixa que vai dos 30 a 39 anos, o percentual sobe para 19%. Já entre as mulheres de 40 e 55 anos, somente 4% têm um plano de previdência. No levantamento por camada social, 21% das mulheres da classe A afirmam investir na previdência complementar contra 10% das mulheres que pertencem à classe B.
O crescimento da clientela feminina nos planos já é constatado também nas pesquisas realizadas pelas próprias seguradoras. Um estudo da SulAmérica revelou que a participação feminina nos planos se intensificou a partir de 2002. Até 2001, a fatia das mulheres girava em torno de 40%. Já em 2002 o número saltou para 42% e hoje as mulheres já totalizam 47% dos planos comercializados. Segundo a SulAmérica, o que as mulheres buscam nos planos de previdência é um retorno financeiro superior ao auferido pela caderneta de poupança e também um produto que possibilite arcar com as despesas dos estudos dos filhos.
Uma pesquisa feita pela área de inteligência de mercado da Brasilprev Seguros e Previdência constatou que as mulheres já correspondem a 45% de sua base de clientes. Deste montante, 41% têm até 30 anos e investem, em média, R$ 210,00 ao mês, uma quantia inferior à contribuição masculina, que atinge, em média, R$ 300,00 ao mês. “A mulher é mais consciente, compra menos supérfluos e planeja melhor o futuro”, justifica o diretor de produtos e mercado da Brasilprev, José Eduardo Vaz Guimarães.
De 1994 até hoje, a participação feminina na carteira de clientes da seguradora saltou de 29% para 45%. Diante desta estatística, a Brasilprev desenvolveu campanhas publicitárias com uma linguagem voltada especificamente para elas e estuda o lançamento de planos que se ajustam às necessidades femininas.
A pesquisa da Brasilprev constatou que uma fatia considerável de sua clientela feminina também se preocupa com o futuro dos filhos. Cerca de 24% delas adquirem um plano somente para o filho, enquanto que 7% entram em um plano para ela e para o filho. O estudo também comprovou a maior fidelidade do público feminino em relação ao investimento de longo prazo: elas permanecem no plano um tempo 20% maior do que o público masculino.
Fonte: Seguros.com.br
