MP é acionado pelo Procon de Ribeirão
É uma situação vexatória, uma grande decepção. Depois de tantos anos, pagando religiosamente em dia, e de repente ficar impossibilidade de manter esse pagamento, perdendo tudo. É um absurdo, diz seo Antonio Pereira Brites Filho, que pretende ingressar com uma ação judicial na tentativa de evitar a majoração excessiva.
Apenas o Procon de Ribeirão Preto já recebeu desde abril passado cerca de vinte queixas semelhantes. A reportagem contatou a SUSEP mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
Luiz Alberto Mattos, coordenador do Procon de Ribeirão Preto, conta que todas as reclamações recebidas são de contratantes de seguros de vida, inconformados com a extinção dos planos e os valores pedidos pelas novas apólices.
Ele juntou os casos e encaminhou ao Ministério Público (Promotoria do Consumidor), pedindo orientação sobre como proceder.
Para Mattos, o que as seguradoras estão fazendo é afugentar os clientes, com valores muito elevados.
Na medida que a faixa etária avança, os valores pedidos pelas seguradoras dispararam. É correto que a incidência e morte natural aumenta, mas os percentuais de reajuste pedidos pelas seguradoras são muito elevados, analisa.
A distorção é semelhante a que ocorre nos planos de saúde, quando mudam as faixas etárias. A impressão é de que elas querem mesmo é que esses clientes deixem de pagar, afirma.
Validade
O coordenador do Procon lembra que o seguro de vida deixa de valer na data de extinção da apólice.
Quem for à Justiça deve ficar atento a esse fato quem não optar por uma nova apólice, nos moldes propostos pelas seguradoras, vai ficar a descoberto a partir da data de vencimento da apólice, explica.
Segundo ele, o Ministério Público de Ribeirão Preto deverá se posicionar, em breve, acerca das reclamações e das possíveis medidas a serem adotadas pelos moradores que se sintam prejudicados com a situação.
Fonte: Jornal A Cidade