Mercado de SegurosNotícias

Mobilização atrasa expedição de 4 mil passaportes e assusta turistas pelo País

A operação-padrão dos policiais federais provocou transtorno em diversas cidades do País, atingindo de comerciantes que transitam pela Ponte da Amizade, na divisa do Brasil com o Paraguai, aos passageiros do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio.
Prevista para se estender por 24 horas, a mobilização aconteceu quase dois anos depois do início do processo de negociação salarial que acabou em um compromisso assinado pelo Governo federal dividindo o aumento salarial da categoria em duas partes. A segunda parte não foi cumprida e os policiais decidiram pela operação.
Segundo o sindicato dos policiais federais, por causa da greve, cerca de 300 inquéritos deixaram de ser instaurados ontem, além de 2 mil audiências não realizadas, 4 mil passaportes não expedidos e espera de até duas horas nos aeroportos.
O tempo de fila para embarcar, ontem à tarde, no terminal 1 do setor internacional do aeroporto carioca, era de uma hora. A enfermeira Marinalva Pereira Costa, de 54 anos, encurtou seu passeio no Rio para retornar à Bélgica, onde mora com o marido, a fim de tratar uma trombose. Sentiu-se mal na fila. “Minha perna está dura e sinto dores de cabeça. Preciso ser internada. Não tenho plano de saúde no brasil e tenho medo de perder o vôo”, disse.
No Rio, os agentes cuidaram dos serviços “essenciais”, entre os quais a segurança do prédio e a guarda e manutenção de armamentos. Ninguém conseguiu obter visto de permanência no País ou dar entrada no pedido de passaporte. “Tenho passagem para viajar amanhã (hoje) para a Argentina, mas soube que teria que renovar o visto de permanência para não pagar multa no meu retorno”, disse uma argentina que chorava bastante e pediu o anonimato.
Em Foz do Iguaçu (PR), por causa da fiscalização rígida sobre o tráfego na Ponte da Amizade, a formação de filas foi inevitável. A delegacia ficou fechada durante todo o dia, mantendo apenas um plantonista.
Em Pernambuco, apenas 30% do efetivo manteve serviços como custódia de presos, autuação em flagrante e a fiscalização em portos e aeroportos do Estado. Os policiais federais de Alagoas paralisaram as atividades da Superintendê nela da Polícia Federal em Maceió desde o início da manhã de ontem.
RODRIGO PEREIRA, BRUNO LOUSADA, EVANDRO FADEL, ÂNGELA LACERDA e RICARDO RODRIGUES

Fonte: O Estado de São Paulo

Falar agora
Olá 👋
Como podemos ajudá-la(o)?