Ministro da agricultura culpa juros e IRB
De acordo com o blog de Miriam Leitão, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse que o setor precisa de políticas anticíclicas de proteção, como um seguro rural, mas que, no Brasil, nada disso dá certo por causa dos juros altos. Enquanto não caírem os juros, não será possível ter qualquer política estruturante, disse o ministro. Rodrigues também culpou o monopólio de resseguros no Brasil pela dificuldade de montar um sistema permanente de hedge (garantia) ao produtor que evite os pacotes de emergência como o que foi divulgado na semana passada. O ministro expôs ainda suas idéias para melhorar as condições de produção aos agricultores. De acordo com Rodrigues, uma das medidas que sua gestão tem tentado desenhar desde o começo do governo, para ser garantia permanente do setor, são os CPR- Certificados do Produtor Rural. São para serem lançados e negociados em bolsa e usados como hedge, mas, com a taxa de juros que vige no país desde o começo do governo, eles não decolaram, explicou. O seguro rural foi lançado em 2003, regulamentado em 2004 e o primeiro recurso saiu em 2005. Rodrigues adverte que para o seguro funcionar corretamente é necessário que haja a quebra do monopólio do resseguro no Brasil. O seguro rural depende de resseguro, de empresas internacionais dispostas a tomar esse risco. O ministro disse que está empenhado em políticas que protejam os produtores rurais dos ciclos naturais da agricultura, de altas e baixas. Garantiu que o país está vivendo a pior crise da agricultura no passado recente.
Fonte: Blog Miriam Leitão, internet