Miller mira riscos de petróleo
Posicionada entre as três principais corretoras globais no setor de petróleo e gás, a britânica Miller está atenta à indefinição sobre a limitação do mercado brasileiro de oferecer capacidade de resseguro para a renovação da apólice bilionária de riscos operacionais da Petrobras. O CEO mundial da empresa, Graham Clarke, está no País para alinhar as estratégias de Londres com a parceira Miller do Brasil e prospectar negócios no País. A petrolífera está nos planos.
Como se trata da primeira renovação da Petrobras num ambiente aberto à concorrência privada no campo do resseguro, analistas que acompanham as negociações acreditam que as seguradoras vão precisar de suporte de corretores experientes para disputar um prêmio que chegou a US$ 27,9 milhões em 2008. O ramo de petróleo e gás é o que mais cresce do mercado segurador brasileiro.
“Nós queremos trabalhar em todos os segmentos de petróleo e gás no Brasil, desde exploração e produção, passando por processos de refino, distribuição, até todas as indústrias associadas ao ramo, além de projetos de etanol”, destaca Clarke, ressaltando que a Miller possui grande expertise em todo o mundo, “trabalhando com muitas petrolíferas estatais e independentes”. “Nós temos interesse em nos envolver com o programa de resseguro da Petrobras e a Miller do Brasil tem um bom relacionamento com executivos da empresa.”
Clarke acrescentou, porém, que o mercado de energia está passando por um momento complicado e que as taxas de resseguros estão subindo. “Não só no Brasil, mas globalmente, falta capacidade. Resseguradores perderam uma enorme quantia de dinheiro no Golfo do México com os furacões Ike e Gustav. Foram perdas de US$ 3 bilhões para US$ 1,5 bilhão em prêmios. O setor petrolífero terá que pagar mais se quiser comprar mais limite de cobertura. É o caso da Petrobras, apesar de ter um bom histórico de sinistralidade.”
Fonte: Gazeta Mercantil