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Micro e pequenas empresas se valorizam com ação ambiental

Entidades como a Fiesp e o Sebrae-SP têm projetos que incentivam as micro e pequenas empresas a investirem e lucrar com ações de responsabilidade social
Micro, pequenas e médias empresas podem se diferenciar ao participar de ações de responsabilidade ambiental. Assim que passarem a investir em atitudes de sustentabilidade, elas contarão com um diferencial competitivo.
“As pequenas empresas ainda necessitam de acesso maior às informações sobre crédito de carbono e o Brasil está perdendo com isso”, explica Julio Tocalino Neto, diretor da Brazilian Carbon Bureau (BCB). A entidade assinou uma parceria com o Departamento de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com a intenção de permitir que as pequenas indústrias, bem como as atividades ligadas ao agronegócio tenham a chance de lucrar no mercado global de carbono.
O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) também pretende auxiliar estes empreendedores de forma que tenham a questão de responsabilidade ambiental como uma das prioridades.
“A partir do mês de agosto implantaremos o programa de gestão ambiental, que terá como primeira ação o incentivo para a redução de resíduos”, afirma Dorli Martins, consultora do Sebrae-SP. “Teremos um conjunto de 16 palestras técnicas e uma delas será a substituição de matérias-primas, o que vai ao encontro deste movimento de crédito de carbono”, completa.
A partir desse acordo, o BCB, consultoria que atua no mercado nacional de créditos de carbono, como agente fomentador para identificar potenciais projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), começará a colaborar para o atendimento aos associados dos sindicatos que são filiados à Fiesp.
A consultoria, assim como o Sebrae-SP, planeja orientar os empresários interessados nesse setor, com informações técnicas de como elaborar e desenvolver projetos, captar recursos para implantação dos projetos passo a passo e negociar os créditos de carbono gerados pelo empreendimento no mercado internacional.
As entidades acreditam que o Brasil tem um papel fundamental no âmbito do Protocolo de Kyoto que permite o estabelecimento do novo conceito de MDL. Esse conceito estabelece que os países com índices de poluição ambiental acima do permitido pelo Protocolo podem utilizar de Reduções Certificadas de Emissões, provenientes de países em desenvolvimento para atingirem as metas de diminuição definidas.
Projetos potenciais
O Sebrae-SP, assim como a Fiesp e o BCB, tem como objetivo identificar potenciais projetos de MDLs e propostas de parcerias com diversas entidades públicas e privadas para o seu desenvolvimento. Dentro desse cenário, o MDL passa a ser uma ferramenta bastante interessante para países em desenvolvimento na atuação de investimentos externos que viabilizem os projetos dentro dos padrões determinados pelo protocolo.
Segundo Dorli, é importante orientar a elaboração e o desenvolvimento desses projetos com a indicação de técnicos altamente capacitados e com empresas reconhecidas que atuam no setor .
Para Julio Tocalino Neto, “trata-se de uma parceria muito importante por fomentar os projetos de MDLs na indústria paulista, os quais, certamente, mostrarão reflexos na indústria nacional”, diz. “O parque industrial paulista é muito forte, e a partir da identificação desses projetos iremos inserir as pequenas e médias indústrias no contexto global do mercado de créditos de carbono”, completa.
Para ele, o convênio proporcionará a expansão da visibilidade das empresas, agregando novos projetos e fazendo com que o Brasil se destaque no cenário internacional em prol do meio ambiente.

Fonte: ASN

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