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Mercado segurador quer parceria estratégica com prestadores de serviços

O mercado segurador, que apresenta crescimento médio três vezes acima do PIB nos últimos dois anos, pode ter uma expansão ainda maior nos próximos anos, aproveitando-se da continuidade do avanço da renda e da evolução da economia brasileira. A previsão partiu do vice-presidente da CNSeg, Patrick Larraigoiti, ao fazer a abertura do  “Insurance Service Meeting 2010’’, encontro anual promovido pela entidade em novembro (desta vez de 5 a 7), em Angra dos Reis. “Vivenciamos um mercado com taxa de expansão nunca vista antes, e a tendência é de continuidade de um forte crescimento”, destacou ele, que representou o presidente da CNSeg, Jorge Hilário Gouvêa Vieira, no evento. Contudo, para evitar turbulências no voo de forte expansão, o mercado precisará de “uma participação ativa” dos prestadores de serviços, porque as seguradoras não têm capacidade de executar todas as atividades de apoio, que devem estar a cargo dos prestadores de serviços especializados. A exortação Patrick Larragoiti, apresentada aos fornecedores de TI presentes ao encontro de Angra dos Reis, foi prontamente encampada. Tanto que o protótipo do  Cadastro de Prestadores de Serviços de Apoio ao Mercado de Seguros (CPSA), lançado no encontro, recebeu as primeiras inscrições logo após sua apresentação formal ao mercado, principalmente de empresas de Tecnologia da Informação (TI). O cadastro vai disponibilizar ao público informações sobre prestadores de serviços de apoio com experiência ou conhecimento no mercado de seguros. Entenda-se por “serviços de apoio” aqueles não relacionados diretamente ao negócio e sim às áreas que apóiam o negócio. Ou seja, escritórios de advocacia, empresas de Tecnologia da Informação, de auditoria, de marketing e comunicação, de recursos humanos, entre outras. Em contrapartida, estão excluídos sindicantes,  vistoriadores prévios,  estabelecimentos de saúde e  oficinas mecânicas, por exemplo. O CPSA  poderá ser acessado eletronicamente pelas seguradoras, entidades de previdência privada, operadoras de saúde e de planos de capitalização. Todo este esforço em agregar tecnologias ou serviços afins tem um endereço: o consumidor de seguros.“O consumidor é o objetivo final. Acima de tudo, no caso específico do mercado segurador, pelas características de nossos produtos e serviços, acho que precisamos ter a visão clara de que o consumidor deve ser atendido em todos os seus aspectos para o mercado continuar crescendo”, afirmou Julio Avellar, superintendente geral da Central de Serviços. O encontro de Angra dos Reis reuniu cerca de 300 participantes e deixou claro que os prestadores de serviços estão ávidos e prontos para criar novas soluções para que o mercado possa atingir o potencial de crescimento nos próximos anos. A parceria estratégica com prestadores de serviços foi elogiada por especialistas. O consenso é de que, para atingir os consumidores de hoje e de amanhã, o mercado de seguros precisará mesmo de um arsenal tecnológico cada vez mais em linha com os múltiplos canais de relacionamento. Foi o que ficou claro na sucessão de palestras apresentadas nos dois dias de encontro. “Este evento prova de vez que ninguém mais pode se dizer detentor de um conhecimento que dê conta de toda a realidade. Essa grande mistura de conhecimentos que representamos  todos nos aqui- juristas, administradores, economistas, pessoal da área de TI-  nos dá a certeza de que é assim que vamos caminhar nessa século XXI. Ou seja, todos temos conhecimento de parte da verdade, mas todos teremos de ter uma imensa humildade para dialogar permanentemente a fim de dar contar da complexidade deste novo mundo”, declarou a advogada Angélica Carlini, autora da palestra “Consumo- a importância da relação fortalecida e consciente”. Para ela, há uma série de desafios à espreita do mercado neste século XXI, cuja sociedade é caracterizada pelo uso intensivo de tecnologia e consumo excessivo. Nesse quadro, ela afirma que os fornecedores e consumidores procuram interagir e agir como parceiros que visam bons resultados. E todos os agentes econômicos devem trabalhar levando em conta a proteção do consumidor. No caso do mercado de seguros, porém, a especialista destaca que há um arco extremamente diferente de consumidores, dos mais vulneráveis aos mais sofisticados. Em razão disso, o princípio da proteção não pode ser aplicado da mesma forma, mas é necessário analisar o caso concreto e suas peculiaridades. O dever de casa das seguradoras é longo: proteger o consumidor, fornecer informações claras úteis para o consumidor, de forma simples e eficiente; educar o consumidor para compreender que ele faz parte de uma mutualidade; criar políticas de armazenamento e divulgação de dados que respeitem o direito à privacidade e impulsionem a livre concorrência; e, por fim, “ser feliz em uma sociedade de risco e de hiperconsumo”.

Fonte: Viver Seguro

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