Economia

Mercado reduz estimativa de inflação para 5,46% e vê alta menor do PIB

Os analistas do mercado financeiro reduziram sua estimativa de inflação para este ano e, também, sua projeção para o crescimento da economia brasileira.

As expectativas, fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras na última semana, constam do relatório “Focus” divulgado nesta segunda-feira (2) pelo Banco Central (BC).

Para a inflação de 2025, a estimativa do mercado recuou de 5,50% para 5,46%. Mesmo assim, continua bem acima do teto da meta, que é de 4,5%.

Desde o início de 2025, quando entrou em vigor o sistema de meta contínua, o objetivo é 3% – e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Pelo sistema de metas, o BC tem de calibrar os juros para tentar manter a inflação dentro do intervalo existente.

Para isso, a instituição olha para frente, pois a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.

Neste momento, por exemplo, o BC já está mirando na expectativa de inflação calculada em 12 meses até meados de 2026.

Desde janeiro, a inflação acumulada em 12 meses é comparada com a meta e com o intervalo de tolerância.

Se a inflação ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.

Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC terá de escrever e enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos.

Com o estouro da meta de inflação de 2024, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou carta ao ministro Haddad no início de janeiro – creditando o resultado a fatores como a forte atividade econômica, a queda do real e os extremos climáticos.

O BC também admitiu recentemente que a meta de inflação pode ser novamente descumprida em junho deste ano, ao completar seis meses seguidos acima do teto de 4,5%.

Por que isso importa?

Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.

Produto Interno Bruto

Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, a projeção do mercado recuou de 2,14% para 2,13%.

Já para 2026, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro subiu de 1,70% para 1,80%.

Taxa de juros

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a taxa básica de juros neste ano.

Para o fechamento de 2025, a projeção do mercado para o juro básico da economia continuou em 14,75% ao ano.

Para o fim de 2026, o mercado financeiro manteve a projeção em 12,50% ao ano.

Para o fechamento de 2027, a projeção do mercado continuou em 10,50% ao ano.

Outras estimativas

Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC:

Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2025 permaneceu em R$ 5,80. Para o fim de 2026, a estimativa continuou em R$ 5,90.

Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2025, a projeção subiu de US$ 74,8 bilhões para US$ 75 bilhões de superávit. Para 2026, a expectativa para o saldo positivo permaneceu em US$ 78,5 bilhões de superávit.

Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 70 bilhões. Para 2026, a estimativa de ingresso permaneceu inalterada também em US$ 70 bilhões.

Fonte: G1

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