Mercado precisa evoluir no controle dos riscos operacionais
A CNseg promoveu o seminário Controles Internos & Compliance, Auditoria, Gestão e Riscos com a participação de diversos especialistas em riscos operacionais, gestão de riscos, prevenção à fraude, segurança da informação e auditoria contínua, entre outros assuntos relacionados aos controles internos das seguradoras. O evento aconteceu nesta quarta-feira, 8 de agosto, em São Paulo.
Na ocasião, o representante da Susep, Vitor Pego Hottum, apresentou o modelo de capital necessário para constituição de reservas técnicas que visam mitigar os riscos operacionais. A regulação exige o capital base para entrada no sistema e o capital adicional para cobertura dos riscos. Ambos compõem o capital mínimo requerido, que se soma à margem de solvência para comprovação da liquidez do negócio, explica Hottum.
Ele ressaltou, entretanto, que a gestão adequada dos riscos operacionais geram grandes desafios relacionados com a mensuração das perdas, pois faltam informações mais detalhadas. Não é um desafio só nosso, mas do mundo inteiro, reforça.
Hottum também demonstrou o trabalho de consórcios internacionais que estudam o assunto, mas as informações são catalogadas e divulgadas apenas para seus associados, incluindo algumas companhias nacionais. No caso específico do que é realizado no Brasil, a situação chama a atenção, pois cerca de 25% das organizações inscritas na Susep deixam de enviar as informações exigidas para o controle das operações.
Então é preciso evoluir, coletando dados mais consistentes e alinhados com a metodologia internacional a fim de elaborarmos um modelo ideal para todo o mercado de um Banco de Dados de Perdas Internas . Isso significa classificar os riscos operacionais pela natureza dos eventos, como a ocorrência de fraudes internas e externas, pelas linhas de negócios existentes e pelas causas, como falhas de pessoas ou processos, concluiu Hottum.
Fonte: CQCS