Mercado mantém projeções de queda para taxa de inflação
As estimativas dos analistas do mercado financeiro para a inflação deste e do próximo ano continuam a cair, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central.
A mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2017 caiu de 3,48% para 3,46%, e a de 2018 cedeu de 4,30% para 4,25%. A previsão de 12 meses à frente foi ajustada para cima, de 4,37% para 4,46%.
Para o IPCA de junho, que o IBGE divulga na sexta-feira, os analistas mantiveram a expectativa de deflação de 0,15%, o que seria a primeira em 11 anos.
Já Selic, atualmente em 10,25%, deve terminar o ano em 8,50%, estimativa que se mantém há 12 semanas. O juro do fim de 2018 foi revisto de 8,50% para 8,25%.
Os analistas Top 5 de médio prazo não mexeram na projeção para o IPCA deste (3,48%) e do próximo ano (3,98%), mas ajustaram a previsão do juro para baixo, de 8,38% para 8,13% e de 8,25% para 8%, respectivamente.
As expectativas para o IPCA dos anos 2019, 2020 e 2021 continuam em 4,25%, posição mantida desde o início de abril.
Quanto à atividade, a previsão para o crescimento do PIB em 2017 continuou em 0,39%, mas para 2018 foi revista de 2,10% para 2%, a sexta queda seguida.
Enquanto as projeções dos analistas de mercado para o déficit primário de 2017 e 2018 seguem intactas há semanas, as previsões para os anos seguintes têm tido piora gradual. Para 2017 e 2018, os analistas mantêm as previsões de déficit de 2,20% do PIB e 1,80% do PIB, respectivamente. Para 2019, ao longo de junho, a projeção saiu de déficit de 1% do PIB para 1,15% do PIB. Para 2020, foi de déficit 0,40% para 0,52% e, 2021, de um superávit de 0,40% para zero.
Fonte: Valor