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Mercado global de seguros crescerá 3% em 2018 e 2019, prevê Swiss Re

O mercado global de seguros não-vida deve crescer 3% por ano em 2018 e 2019, mas o ritmo se acelerar caso se concretizem os aumentos de tarifas esperados a partir de janeiro do ano que vem.

É o que afirma a seguradora Swiss Re em relatório sobre as perspectivas para o mercado de seguros divulgado nesta semana em Zurique.

De fato, a empresa acredita que os aumentos de preços de seguros e resseguros serão inevitáveis para o que o mercado recupere seu rentabilidade, após o forte impacto das catástrofes naturais em 2017.

“Aumentos de preços nos segmentos mais afetados já estão acontecendo e podem ser substanciais”, disse Kurt Karl, economista-chefe da Swiss Re.

“O volume total de perdas ainda não é conhecido, mas parece que vai ser elevado suficiente para causar aumentos (de preços) para além dos setores afetados. Isso também está acontecendo porque os preços caíram a patamares tão baixos nos últimos anos.”

A corretora Marsh estima que os preços globais de seguros comerciais vêm caindo de forma ininterrupta já há 18 trimestres. (

Mercados emergentes

No setor de seguros de vida, a Swiss Re espera que o volume de prêmios cresça 4% no ano que vem. Em ambos os segmentos, serão as economias emergentes que devem funcionar como principais motores do crescimento global.

A Swiss Re estima que os prêmios não-vida vão se expandir de 6% a 7% anualmente no próximo biênio nos países emergentes, com a Ásia puxando o carro com maior vigor.

A resseguradora suíça prevê que o mercado latino-americano deve seguir se recuperando, após ter encolhido 1,8% em 2016.

Mas a taxa de crescimento de 1% no volume de prêmios, esperada para 2017, está longe de impressionar, especialmente comparada com os 10% registrados nos mercados emergentes da Ásia.

Uma das locomotivas da recuperação do seguro não-vida na região deve ser o mercado de seguros comerciais no Brasil, em que a empresa espera uma forte demanda.
Lucros em queda

A perspectiva de ajuste nos preços se reforça pela deterioração dos resultados das seguradoras não-vida.

De acordo com a Swiss Re, a taxa de rentabilidade líquida (ROE) das seguradoras não-vida globais caiu para 3% neste ano, contra 6% em 2016.

Além das elevadas perdas catastróficas, as persistentes quedas de preço e os baixos rendimentos das carteiras de investimento nos mercados desenvolvidos colaboram para esta pior performance.

Caso a subida de preços se confirme, e as taxas de juros subam nos Estados Unidos e Europa, a empresa espera que a rentabilidade se recupere, ainda não passe do patamar de 7% a 8% no ano que vem.

No mercado de  resseguros, a expectativa é que o aumento de prêmio se restrinja a 1%. O destaque neste caso devem ser as cessões de seguro de vida na Ásia emergente, que podem se expandir em 10%.

Fonte: Risco Seguro Brasil

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