Mercado em recuperação
Após a queda de 0,7 ponto percentual observada em junho, dificilmente o índice de desemprego no Brasil alcançará os dois dígitos este ano, como previram inúmeros analistas. Na série histórica da nova pesquisa do IBGE (veja o gráfico), iniciada em 2002, a taxa não voltou a subir após momentos de inflexão tão agudos. Significa dizer que são consistentes os sinais de recuperação do mercado de trabalho neste semestre. A desocupação caiu mês passado, não por desalento, mas por abertura de vagas. Cimar Azeredo, responsável pela pesquisa, assinala que o número de desempregados caiu 169 mil, enquanto o total de ocupados aumentou 164 mil: “Ou seja, o desemprego caiu porque o mercado absorveu quase todo esse contingente, não por desistência na procura”. A população ocupada cresce há dois meses: +1,1% em maio e junho. Em 2008, o movimento de contratação começou mais cedo. De março a junho, o total de empregados aumentou 2,5%. Este ano, a recuperação começou mais tarde. Mas começou. Até a sondagem ao consumidor da FGV confirma a tendência.
A perspectiva de conseguir emprego nos próximos meses atingiu em julho o maior patamar desde setembro de 2008.
Fonte: O Globo