Mercado de seguros está preparado para a volatilidade da crise
Há uma exacerbação, parece que o país parou, mas tudo continua, é o que afirmou Paulo Marraccini, presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), durante a coletiva de imprensa juntamente com a CNseg, no Rio de Janeiro, no último dia 17.
Ele comentou também que há grandes oportunidades, já que somente 13% das residências são cobertas e o seguro rural é a segunda maior carteira dentro de ramos elementares, ou seja, o Brasil continua trabalhando e o crescimento do setor não para.
Para Marraccini, as companhias estão respondendo bem à crise, por não depender dos subsídios. O subsídio visa proteger em termos de catástrofes, mas algumas companhias estão se equipando para trabalhar em seguro rural de forma mais autônoma no ano que vem, por exemplo. Assim como o habitacional que cresceu 18% por ter novos prédios sendo construídos. A crise deve ser colocada dentro de um contexto e relativizá-la.
O presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Marcio Coriolano, diz que as restrições da crise atingem o setor de forma diferente. Como por exemplo, no setor de saúde suplementar, tem o desemprego, mas ao mesmo tempo há estatísticas que o mercado de pequenas e médias empresas continua andando, a proteção para essas empresas continua, o que diminui são as escolhas porque há menos dinheiro para gastar, comenta o presidente eleito da CNseg para o próximo triênio (2016-2019).
A projeção para 2016 é crescer dois dígitos, mesmo que haja aumento de sinistralidade devido à crise. Acredito que pode ter aumento de sinistro de automóvel em função de fraude, por exemplo, e custos com importados, com o dólar subindo, mas o mercado está bem maduro no sentido da capacidade de rever essas indagações. Não vejo nada dramático, pois a vantagem é que a indústria do seguro é estável. A crise, de certa forma, faz com que as pessoas façam mais seguros, ressalta Jayme Garfinkel, presidente da CNseg.
Fonte: Revista Cobertura