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Mercado de livros movimentou mais de R$ 4 bi em 2012

Depois de quase cinco anos estagnado, o mercado editorial brasileiro voltou a expandir. Isto porque em 2012 o segmento faturou R$ 4.984.612.881,04 bilhões, registrando o primeiro crescimento real desde 2008, segundo o coordenador da Pesquisa sobre Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro da Fundação de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe/USP), Leonardo Muller.         Ao todo, foram comercializados 434.920,064 milhões de exemplares no período, com destaque para o subsetor de obras gerais, que ajudou a impulsionar as vendas. “O ano foi marcado por mais apostas dos editores em lançamentos do que em reedições”, destacou Muller. O levantamento é realizado anualmente a pedido do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e foi divulgado nesta terça-feira.        O pesquisador informou também que o crescimento nominal do setor foi de 3,04%, o que significa um decréscimo real de 2,64% ao considerar a variação de 5,54% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2012. “Porém, se desconsiderarmos as compras feitas pelo governo,  o crescimento apurado foi de 6,36%, significando um aumento real de 0,49%, o primeiro desde 2008”, frisou.         O mercado de livros se divide entre didáticos, obras gerais, religiosos e científicos, técnicos e profissionais (CTP). O subsetor de obras gerais, que puxou para cima, comercializou 108.951.867 milhões de exemplares, ou 7,65% a mais do que em 2011. “Destes, pode-se dizer que também houve aumento no número de exemplares produzidos, sendo 116.813.030 milhões de livros, ou 8,24% superior ao ano anterior”, disse Muller.         De acordo com a pesquisa, os livros religiosos, que em 2011 foram os mais vendidos,  apresentaram queda de 19,18% este ano, acompanhados pelos CTPs que foram afetados pela queda de 10,31% nas compras governamentais em relação a igual período do ano anterior. O segmento de didáticos também ficou aquém do esperado, com queda de 11,09% no número de exemplares vendidos.         A presidente da SNEL, Sônia Machado Jardim, disse que em 2012 foram lançados 93.204,240 milhões de novos exemplares, ou 3,43% a mais do que no ano anterior. “Ao mesmo tempo, as reedições apresentaram uma retração de 4,30% em igual período, na comparação com o ano anterior”, frisou.         A informação foi complementada pela presidente da CBL, Karine Pansa, que abordou a diminuição do número de exemplares vendidos, que foi 5,43% se considerada apenas as vendas ao mercado, e 7,36% se considerada também as vendas ao governo. Principais canais        Os principais canais de comercialização em 2012, referente às vendas para o mercado, foram as livrarias, incluindo as virtuais, com participação (share) de 47,42% em função dos mais de 127 milhões de livros vendidos. Em seguida as distribuidoras, com share de 26,25% pelos mais de 70 milhões de livros comercializados, acompanhada das vendas porta a porta e catálogo, com share de 8,03%, em função dos mais de 25 milhões de livros vendidos. O quarto e quinto lugar, respectivamente, ficou com igrejas (e templos) e supermercados, com share de 3,07% e 2,80%. Os dois canais comercializaram, juntos, quase 16 milhões de livros.         Com relação ao faturamento, os principais canais de comercialização foram as livrarias, incluindo as virtuais, que venderam mais de R$ 2 bilhões, ou 61,36% da participação de share. O segundo lugar ficou com as distribuidoras, que faturaram mais de R$ 825 milhões, ou 22,49% do share, seguido pelas vendas porta a porta, com mais de R$ 196 milhões, e 5,36% do share. As exportações ocuparam o quarto lugar, movimentando mais de R$ 56 milhões, com 1,55% do share, e os supermercados ficaram em quinto, vendendo mais de R$ 54 milhões, ou 1,49% do share.

Fonte: Jornal do Commercio

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