Mercado cresceu 8,9% até julho , mas enfrenta gargalos
O mercado de seguros faturou, sem o ramo saúde, cerca de R$ 41,9 bilhões de janeiro a julho deste ano. Segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), esse valor é 8,9% maior que o registrado nos sete primeiros meses do exercício passado, confirmando a tendência que vem ganhando corpo desde o início de 2009. Dessa forma, o setor de seguros mostra que praticamente passou ao largo da crise e prepara as bases para impulso mais forte a partir de 2010. Há, contudo, quem ainda esteja preocupado com alguns gargalos que despontam no caminho. “Na carteira de automóveis, por exemplo, as tarifas estavam caindo ano a ano. Estavam em torno de 10% do valor segurado, depois caíram para 5,5%, em média e algumas seguradoras trabalharam até com 1,5%. Agora, a sinistralidade voltou a crescer e os preços podem subir novamente”, alerta o diretor de Produção da Porto Seguro, José Luis Ferreira da Silva. Para ele, esse novo cenário pode ter sido provocado pela crise. “Infelizmente, os sinistros subiram e irão continuar a subir no ramo de veículos”, lamentou o executivo, que participou, esta semana, do 1º Debate Rio ” Seguros: Reflexões Estratégicas para 2010″, organizado pelo Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro, com o apoio da Aconseg-RJ e da Associação dos Corretores da Baixada Fluminense. Já o diretor da Itaú Unibanco, Luiz Vicente Lapenta, também presente ao encontro, disse que após a formalização da parceria entre Itaú e Unibanco, o novo comando determinou uma melhoria imediata dos resultados na carteira de automóveis, o que foi feito nos últimos 13 meses. “Foi ordem do Roberto Setúbal (presidente do Itaú Unibanco). Se quiséssemos continuar operando no ramo de veículos teríamos que melhorar e muito o desempenho da carteira. Assim fizemos. O índice combinado, que era de 118 no último trimestre de 2008, já baixou para 103 em agosto deste ano”, comemorou o executivo, admitindo, porém, que foi preciso adotar decisões mais duras para atingir essa meta.
Fonte: AIDA
