Mercado de SegurosNotícias

Mercado aprova pouco mais 10 meses de abertura de operações de resseguros

A maioria das seguradoras está satisfeita com estes primeiros 10 meses de abertura do mercado de resseguros. “Em tão pouco tempo já temos 50 resseguradores estrangeiros registrados e mais de 20 corretores de resseguro. Isso ressalta e reforça a disposição do mercado brasileiro de se modernizar”, diz Carlos Eduardo Almeida, executivo da SulAmérica, abrindo a segunda palestra do último dia da Conferência Brasileira de Resseguros, que acontece na cidade do Rio de Janeiro.
Apesar do enorme esforço de todos para a abertura do setor e de tantos competidores em pouco tempo, a preferência nacional continua sendo pelo IRB Brasil Re, que, por quase 70 anos, deteve o monopólio do resseguro no Brasil. Por ser controlado pelo Tesouro Nacional, o risco de crédito do IRB é insignificante diante da incerteza vivenciada nos mercados atualmente. Com as recentes notícias de perdas de pesos-pesados, manter os negócios no IRB virou uma questão de segurança ao patrimônio do acionista.  “O IRB tem se mostrado um parceiro importante neste momento de crise”, diz Almeida. “A SulAmérica vai continuar priorizando os resseguradores locais, que terão 100% dos nossos contratos”.O diretor da Allianz, Angelo Colombo, ressaltou os esforços das companhias de seguros para atender melhor às necessidades dos clientes em termos de produtos e serviços. “O mercado tem de ser capaz de se adequar às necessidades dos segurados e não mais fazer com que eles se adaptem ao que as seguradoras têm a oferecer”, diz. Para ele, as seguradoras têm três grandes desafios importantes com o mercado aberto, sendo o risco de crédito o principal.
Segundo Colombo, muitas companhias estavam acostumadas a ter operações de fronting, com pequenas retenções de risco no País. E agora é preciso reter riscos de acordo com as normas locais e isso reforça a necessidade de ter um departamento de resseguros robusto, com profissionais treinados e totalmente alianhados com os normativos de controle interno. Isso ajudará a mitigar riscos nas operações cada vez mais sofisticadas, inclusive de cosseguro, ou seja, quando uma seguradora divide o risco com outra seguradora em vez de comprar o resseguro.Executiva da Allianz, Maria Larrea reforçou a necessidade de se ter paciência neste momento de transição.  Segundo ela, é difícil ter de um dia para outro tudo perfeito, principalmente porque ter um banco de dados exige mudanças em processos, que, por sua vez, dependem de investimentos em Tecnologia da Informação. “Pedimos a paciência e o entendimento dos resseguradores, pois o mercado agiu por muitos anos de uma forma e agora se esforça bastante para chegar aos padrões internacionais”, diz Maria.  A questão de compliance também foi reforçada. “O processo interno de resseguro dentro das companhias tem de ser mais estruturado e mais aprimorado”, reforçou.

Fonte: Fenaseg

Falar agora
Olá 👋
Como podemos ajudá-la(o)?