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Meirelles quer que agências aguardem votação da reforma para reavaliar nota do Brasil

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira (18), em entrevista à rádio Eldorado FM, esperar que as agências de classificação de risco esperem a votação da reforma da Previdência em fevereiro para tomar uma decisão sobre a nota de crédito do Brasil. Ele disse que vai conversar com as principais agências na quinta-feira (21), por teleconferência.

“Minha opinião é que seria mais razoável as agências de risco esperarem até a votação [da reforma da Previdência, para reavaliar a nota do Brasil] e se não for aprovado, evidentemente haveria um momento de downgrade [rebaixamento do rating brasileiro]”, afirmou o ministro.

A notícia de que a votação do texto da reforma foi adiada para fevereiro levou as agências de risco a se posicionarem negativamente sobre a nota do Brasil. A Moody’s informou que o atraso demonstra a falta de apoio político à reforma. A S&P sinalizou que pode rever a perspectiva negativa do país se a reforma não for aprovada.

A nota de crédito de um país serve de termômetro para os investidores avaliarem se vale a pena correr o risco de aplicar seu dinheiro sem levar um calote. Recentemente, as principais agências de risco – Fitch, Moodys e Standard and Poors – rebaixaram a nota do país e tiraram seu grau de investimento (selo de bom pagador).

A perspectiva da nota brasileira é negativa, ou seja, há chance de novos rebaixamentos da nota.

Meirelles disse, durante a entrevista, que darà sua opinião às agências de que “seria positivo se [a reforma da Previdência] tivesse sido aprovada agora, porque o problema estaria superado”. Contudo, ele acrescentou que se alguma agência decidir antecipar sua decisão sobre o Brasil, “é o direito delas”.

O ministro afirmou, ainda, que a votação da reforma da Previdência em fevereiro tem “possibilidades contratas de aprovação”, após o governo ter avaliado que não era prudente já entrar no processo de votação nesta semana e “não haver votos suficientes”.

Candidatura

Sobre sua eventual candidatura às eleições de 2018, Meirelles voltou a dizer que ainda não tomou uma decisão final sobre o assunto e que vai definir a questão no final de março. O ministro apontou que, caso ele resolva ser candidato, ele vai debater a questão da Previdência de forma simples, direta e objetiva, “como deve ser qualquer discussão política”.

“Na hipótese que eu venha decidir ser candidato, vamos trabalhar para que haja uma viabilidade de vitória eleitoral”, afirmou o ministro.

Fonte: O Globo

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