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Meio eletrõnico facilita gestão da carga

Contratação ficará mais ágil e transportadoras poderão controlar o itinerário dos caminhões
Hoje, com a carta-frete, não há controle de nada. Dos valores movimentados, onde os gastos são feitos, como são feitos e se os encargos sociais e os impostos são devidamente recolhidos. Com a transferência desses recursos para meios eletrônicos, porém, será possível fazer uma gestão mais eficiente do frete, não só por parte do órgão regulador, mas também do lado da transportadora.
“Com os gastos do caminhoneiro sendo feitos por meio eletrônico, é possível controlar a utilização do vale pedágio emonitorar se aquele pedágio em que o caminhoneiro passou faz parte do itinerário que ele deveria cumprir”, explica o superintendente de Produtos da Bradesco Cartões, Márcio Parizotto.
Ele lembra que, alémdisso, a transportadora pode fazer o carregamento do cartão com o valor do frete e das despesas de viagem de forma remota (pela internet), o que dá agilidade na contratação. Ele não revela quantos cartões já foram emitidos desde 2006, mas diz que nos últimos dois anos o volume de recursos transacionado pelo produto dobrou.
Gerenciamento
A inteligência por trás dos meios de pagamentos temque ser grande, pois a remuneração do frete não é feita de uma vez só, mas condicionada à entrega do carregamento ou de acordo como percurso percorrido. Dessa forma, sendo conta corrente ou cartão pré-pago a forma de pagamento, ela tem que ter instrumentos que respeitema característica de funcionamento do setor.
“A transportadora pode colocar o total do valor do frete no cartão, mas apenas 30%, por exemplo, é liberado de imediato, sendo o restante condicionado à entrega da carga no destino e confirmação com protocolo eletrônico”, diz Luis Felipe Dick, diretor de Produtos e Negócios da Pamcary, empresa de logística, corretagemde seguros e sistemas de TI especializada nomercado de transportes.
Segundo ele, também é necessário que o sistema de gestão do frete saiba como descontar os percentuais referentes aos impostos do valor carregado no cartão, já que uma parte é destinado ao pedágio, outra a combustível, despesas com alimentação e, finalmente, uma parte é para o pagamento do caminhoneiro. “Os impostos têmque incidir somente na parte do frete, não pode ser descontado da parte do combustível, por exemplo, cujos impostos já estão inclusos no seu preço”, explica o diretor.
Dentro do sistema de gestão oferecido pela Pamcary, há uma lista comcerca de 800 mil caminhoneiros cadastrados. “É um banco de dados positivo, com o perfil de risco do caminhoneiro, o que permite a transportadora escolher o mais adequado para o movimento de determinada carga”, explica Ricardo Miranda, presidente da Pamcary.

Fonte: Brasil Econômico

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