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Medidas “saneadoras” abrem espaço para redução da taxa de juros

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (17) que as medidas “saneadoras” tomadas nos últimos meses melhoraram o perfil das contas públicas e, por isso, abriram espaço para a queda da taxa básica de juros da economia brasileira, hoje em 13,75% ao ano. “Portanto, abre-se espaço para redução da taxa de juros. Se consultar vários especialistas, ninguém está falando de política aqui, mas de técnica. Muita gente que entende de economia, imagina que haja espaço para iniciar o corte de juros. Isso não é ofensa nenhuma. É um debate que pode ser feito na sociedade, um debate técnico. Não tem a ver com política”, afirmou.

A declaração do ministro foi dada em reunião conjunta nas comissões de Desenvolvimento Econômico; Finanças e Tributação; Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. Entre as medidas saneadoras citadas por Haddad estão decisões do governo, do Congresso Nacional e da Justiça.

Mais cedo, o ministro afirmou que determinações do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Senado podem evitar perdas de R$ 150 bilhões aos cofres públicos.

Críticas à taxa de juros

O patamar atual da Selic, a taxa básica de juros da economia, é o maior dos últimos seis anos. O índice tem sido alvo de críticas recorrentes do presidente Lula e de integrantes do governo, por conta do impacto no nível de atividade e de emprego.

Chefiado por Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o Banco Central possui autonomia operacional para definir a política monetária com objetivo de controlar a inflação. As decisões sobre os juros são tomados pela diretoria colegiada da instituição.

Na reunião na Câmara, Haddad também disse que criticar e debater a taxa de juros, “não é ofensa”. “Temos de nos reacostumar com a democracia. Democracia é isso, a gente poder conversar, poder falar, poder emitir uma opinião”, afirmou.    

Fonte: NULL

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