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Médicos usam vírus da aids para salvar menina com leucemia

Uma menina americana foi salva após receber um tratamento inédito para uma criança e para o tipo de leucemia que ela sofria. Emma Whitehead, hoje com 7 anos, recebeu uma versão “desligada” do HIV que reprogramou seu sistema imunológico para combater a doença. As informações são do The New York Times.
Quando Emma tinha 6 anos, os médicos ficaram sem opções tradicionais para tratar a leucemia. Desesperados, os pais recorreram ao tratamento experimental no Hospital da Criança da Filadélfia, em abril. O tratamento não deu resultados no início – na verdade, quase matou a menina.
Contudo, sete meses depois, a criança se recuperou e o câncer entrou em completa remissão. Ela se tornou uma das primeiras pessoas em que os médicos conseguiram reprogramar o sistema imunológico para combater um tipo de câncer.
“Nosso objetivo é conseguir uma cura, mas não podemos dizer essa palavra”, diz Carl June, líder da equipe que estudo o tratamento, da Universidade da Pensilvânia. O médico espera que a nova técnica substitua o transplante de medula, um procedimento mais perigoso e caro e que atualmente é a última esperança de casos como leucemia.
O Dr. June cita outros três casos que tiveram remissão completa – sendo que dois não mostram sinais da doença há dois anos. Outros quatro não tiveram remissão total; outro foi tratado muito recentemente para se tirar conclusões; uma criança melhorou e depois teve uma recaída; em dois adultos, o tratamento não funcionou.
Segundo o jornal, apesar dos resultados mistos, especialistas dizem que o estudo é uma grande promessa, porque nesta fase de teste os casos eram aqueles considerados sem esperança. “Eu acho que é um grande avanço”, diz Ivan Borrello, professor da Universidade Johns Hopkins. Outro pesquisador, John Wagner, da Universidade de Minnesota, chama os resultados de “fenomenais” e diz que eles têm “o que nós temos trabalhado e esperado por, mas não temos visto com esta extensão”. Agora, uma grande farmacêutica – a Novartis – investiu US$ 20 milhões no estudo para que os médicos o levem ao mercado.
A aids é uma doença que ataca o sistema imunológico – e o HIV é muito bom em inserir seu código genético nas células que deveriam nos defender. Foi por causa dessa característica que os cientistas usaram unidades “desligadas” (que não causam a doença) do vírus para inserir material genético nas células-T (do sistema imunológico). Os médicos retiram milhões destas do corpo da paciente e usam o HIV para “reprograma-las”. As T são jogadas de novo no sangue, irão se reproduzir e atacar o câncer.

Fonte: Terra

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