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Marsh Brasil ignora crise e avança no Brasil. Receita sobe 12% em 2008

A Marsh Brasil, empresa do grupo Marsh & McLennan Companies, player mundial em gerenciamento de riscos, consultoria de benefícios e corretagem de seguros e resseguros, fechou 2008 com cerca de R$ 1,5 bilhão em prêmios emitidos no mercado brasileiro. O valor é 12% superior ao registrado em 2007.
A área de Saúde e Benefícios da companhia, especializada em consultoria, gestão e implantação de benefícios corporativos, liderou a expansão com 28% de crescimento no ano, registrando prêmios de R$ 439 milhões em 2008. A participação da unidade no volume total de prêmios da Marsh Brasil saltou de 26%, em 2007, para 30%, em 2008. A unidade possui atualmente cerca de mil clientes corporativos e mais de 500 mil vidas em planos de saúde.  
A demanda pelos serviços da área de Saúde e Benefícios veio de empresas que estão reformulando suas políticas e que estão em busca de inovações para a gestão dos benefícios de seus colaboradores. “Entregamos aos RH’s das companhias um pacote completo de consultoria, negociação com fornecedores e gerenciamento de risco, com ênfase em assistência médica e gestão operacional”, diz o presidente e CEO da Marsh Brasil & América Latina e Caribe, Thomaz Cabral de Menezes. 
O segmento de seguros Massificados (Affinity) da corretora, que estrutura e executa projetos de distribuição de seguros via operadoras de cartão de crédito, empresas de energia e redes de varejo, encerrou o período com cerca de R$ 392 milhões em prêmios e 3,6 milhões de apólices emitidas, um crescimento de 15% em relação ao valor de prêmios de 2007. A participação do segmento no volume total de prêmios da Marsh Brasil se manteve estável, em 26% — mesmo percentual registrado em 2007.“A reestruturação da área de massificados que, além de comercializar seguros, passou a oferecer serviços de consultoria de marketing para segmentação de produtos, impulsionou os nossos negócios no segmento de Affinity”, comenta Menezes.
Os Seguros Corporativos (patrimonial, transportes, riscos de engenharia e produtos financeiros, entre outros), destinados a grandes e médias empresas, por sua vez, movimentaram prêmios de cerca de R$ 656 milhões no ano, registrando leve alta de 2% no período. A demanda em seguros corporativos foi impulsionada por projetos de infraestrutura e de energia (especialmente na área de etanol e petróleo), onde a Marsh estruturou grandes apólices em 2008.
Em relação a novos negócios, o ano de 2008 apresentou o melhor crescimento (47%) dos últimos cinco anos. “Este bom resultado é fruto de um forte trabalho de segmentação de produtos que estamos realizando em alguns ramos do mercado de seguros”, diz.
Na avaliação de Menezes, o recrudescimento da crise econômica no mercado doméstico impulsionará a busca por proteção de ativos. “As empresas terão que diminuir a exposição a riscos. Os custos de danos materiais e operacionais podem comprometer os resultados das empresas em um ano de dificuldades em geração de caixa e lucro. Elas terão que fazer muito bem o hedge de seus ativos“, avalia o executivo.
O movimento deve compensar a queda de investimentos e de novos projetos. “Vamos trabalhar fortemente na manutenção e aproveitamento da carteira atual, ampliando a oferta de soluções para os clientes protegerem suas operações”, diz Menezes. 
O executivo também aponta a mudança da cultura do seguro nas empresas como uma tendência para 2009. “Com um mercado internacional e doméstico mais restritivo e seletivo na alocação de suas capacidades, as empresas terão que aprimorar suas políticas de gerenciamento de risco para ter suas propostas aceitas aqui e no mercado internacional”, afirma.
Para ele, as empresas terão que apresentar melhor seus riscos e terão que se concentrar no desenvolvimento de relacionamento de longo prazo com seguradores e resseguradores. “Os serviços de consultoria que prestamos aos clientes serão mais demandados, uma vez que colocar os riscos se tornou uma tarefa mais complexa”, complementa o executivo.

Fonte: Fenaseg

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