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Marítima aposta em riscos especiais

Em um mercado ainda dominado pelo seguro de automóvel, a Marítima Seguros
aposta na área de Riscos Especiais (RE) para aumentar as vendas e a
rentabilidade. As apólices de RE representam R$ 200 milhões ou 25% do
faturamento de R$ 800 milhões em 2005, desta que é a 13ª companhia de
seguros do mercado brasileiro. Mas é a carteira que mais cresce, enquanto as
mais tradicionais recuam.
Claudio Saba, diretor executivo da Marítima, disse que o automóvel, que já
representou 65% do faturamento, hoje responde por 45%. Os planos de saúde –
um complicado mercado em função da regulamentação que impede reajustes de
preços – geram 30% do faturamento da Marítima atualmente, mas a companhia
deixou de vender seguros individuais, a exemplo de outras grandes
seguradoras, e hoje só vende planos empresariais, principalmente para
pequenas e médias empresas.
Na área de Riscos Especiais, a Marítima está testando um produto novo e
incomum no ramo de seguros de residências e condomínios: a indenização
expressa. Através de uma parceria com o site de comércio eletrônico
Submarino, assinada em dezembro, os segurados que sofrem sinistros ganham a
opção de reposição de equipamentos eletroeletrônicos, de informática,
telefonia e eletrodomésticos em espécie, ao invés de receber em dinheiro.
Desde então outras parcerias com redes varejistas foram firmadas.
Há ainda uma opção de Vale Compra em redes de lojas associadas ao programa
Indenização Expressa. É comum que equipamentos destruídos não tenham
equivalente ou o segurado prefere aproveitar a situação para trocar por um
novo, explica Saba.
“O segurado faz o que quiser, se quiser receber em dinheiro também, da forma
tradicional, tudo bem, eu pago. Fica a critério dele”, diz o executivo.
Para ter direito à indenização em espécie, o segurado deve relacionar os
valores dos bens sinistrados, submeter à análise da Marítima que faz o
pagamento ou aciona a Submarino para que o bem seja entregue na casa do
cliente, se essa for a escolha dele. Na opção Vale Compra, o segurado recebe
uma carta de crédito no valor correspondente dos bens sinistrados, que
servirá para aquisição de produtos via internet ou telemarketing. Se
preferir trocar por um equipamento de valor mais alto que o registrado na
relação de bens, o segurado apresenta a carta de crédito e paga apenas a
diferença.
Desde seu lançamento em dezembro, o Indenização Expressa foi a escolha dos
segurados em 5% dos sinistros em dezembro, 15% em janeiro e 19% em
fevereiro. A expectativa é chegar a 25% em março, afirma Luiz Roberto
Carpegiani, diretor de marketing da Marítima.
Outra área de RE que vem crescendo é a de riscos de engenharia. Esse ramo se
divide em duas áreas, a de Obras Civis em Construção (OCC) e Instalações e
Montagens. Antes da estabilização da economia, esse tipo de seguro só era
contratado para grandes obras de infraestrutura. Hoje, diz Saba, “até
reforma de casa e de supermercado contrata o seguro de riscos de
engenharia”. A apólice dá cobertura a roubo de material, incêndio,
alagamento, desmoronamento e erro de execução. A Marítima entrou nesse
mercado no fim dos anos 90 e hoje emite 800 apólices por mês, com
faturamento em prêmios de R$ 10 milhões.

Fonte: Valor

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