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Maior cuidado eleva gasto com câncer

SÃO PAULO, 27 de setembro de 2006 – As terapias para câncer de mama, pulmão e colorretal deverão movimentar US$ 397 milhões no Brasil (com US$ 250 milhões), México e Argentina em 2010, alta de 29% ante a receita de 2005. As compras governamentais devem concentrar entre 70% e 75% do valor, mostra a consultoria norte-americana Frost & Sullivan. O motivo do crescimento é o aumento dos diagnósticos feitos a tempo de se tratar a doença.
Três tipos da doença devem movimentar US$ 397 milhões no Brasil, Argentina e México em 2010. Estudo da empresa norte-americana Frost & Sullivan, especializada em consultoria e inteligência de mercado, mostra que as terapias citotóxicas e hormonais, utilizadas em casos de câncer de mama, pulmão e colorretal, devem movimentar em torno de US$ 397 milhões no Brasil, México e Argentina em 2010, um crescimento de 29% ante a receita de US$ 308 milhões gerada no ano passado. Em 2004, foram cerca de US$ 300 milhões.
O mercado brasileiro, com aproximadamente 63%, respondeu por cerca de US$ 195 milhões do montante total de 2005. A expectativa da consultoria é que esse percentual permaneça e que o País movimente US$ 250 milhões com esses tratamentos em 2010, um aumento de 28%.
Conforme o analista responsável pelo estudo, Federico O´´Conor, a expansão desse mercado deve-se, principalmente, ao aumento da incidência de câncer nessas regiões, mas está intimamente relacionada ao forte investimento governamental dos países latino-americanos nessa área, já que a renda da maioria das populações não permite a manutenção desses tipos de tratamentos, de longa duração e despesas altíssimas. O´´Conor observou que as compras governamentais devem concentrar entre 70% e 75% do faturamento com essas terapias. No País, o percentual fica em torno de 70%.
O crescimento é resultado também de uma maior conscientização das populações para a prevenção dessas doenças, o que leva a um maior número de diagnósticos. “Governos, entidades não governamentais e especialistas têm empenhado campanhas importantes, orientando a população a fazer consultas preventivas. Essas campanhas visam, principalmente, o diagnóstico precoce do câncer.”
Mesmo com esses avanços, o analista reconhece que a cobertura pode estar ainda aquém da demanda. O´´Conor disse que um dos principais problemas dos países pesquisados é a grande extensão territorial aliada a concentração demográfica nos grandes centros urbanos. “Há uma grande porção da população que vive em áreas muito distantes dessas metrópoles e que não tem acesso ao mesmo nível de atendimento. Porém, esse problema não pode ser relacionado apenas ao câncer, como também a questões médicas.”
O analista disse que, além da fundamental participação do governo, a ampliação do acesso depende também de iniciativas de farmacêuticas e distribuidores para ampliar a atuação visando a cobrir a maior parte do território nacional e alcançar o maior número de pessoas.
O estudo revela ainda que as novas drogas chegam mais tarde a esses mercados, em comparação com países da Europa e Estados Unidos. “É difícil mensurar o período, mas devido à globalização essa média tende a diminuir. O acesso as novas drogas poderá expandir caso os governos locais aumentem o orçamento para a saúde e passem a comprar novos medicamentos.” Para o analista, remédios novos e mais eficazes podem trazer a vantagem da redução do tempo de tratamento com conseqüente diminuição de custos.

Fonte: Gazeta Mercantil

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