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Lucro do Votorantim cai 33% mas crédito reage

O Banco Votorantim divulga hoje o balanço do primeiro semestre com um lucro líquido de R$ 400,4 milhões. O resultado é 33,3% inferior ao de R$ 600,8 milhões do primeiro semestre de 2008, mas é 23,4% superior ao do segundo semestre de 2008, quando a crise internacional afetou os negócios do mercado como um todo, notadamente a captação de recursos.
O Votorantim acabou fechando uma joint venture com o Banco do Brasil (BB), que ajuda a explicar em parte essa forte recuperação, e aguarda a aprovação da operação pelo Banco Central (BC) para “qualquer momento”, segundo disse o presidente, Wilson Massao Kuzuhara.
Justificada pelo fato de o BB ter interesse em expandir os negócios na área de financiamento veículos, um dos pontos fortes do Banco Votorantim, por meio da BV Financeira, a joint venture tem, na verdade, várias outras sinergias importantes.
Kuzuhara citou entre elas o fato de que o BB passará a canalizar para a corretora do grupo todas as operações de compra e venda de ações, títulos e derivativos. Isso inclui as operações feitas por conta da administração de recursos de terceiros, mercado em que o BB é um dos maiores, com cerca de R$ 300 bilhões em recursos sob gestão. Atualmente, o BB terceiriza essas operações porque não possui corretora própria.
Outro mercado com grande potencial de desenvolvimento é a venda de seguros para os clientes do Votorantim, cerca de 3,5 milhões na financeira, pessoas físicas na maior parte, além dos clientes do banco.
Pela joint venture, o BB terá 49,99% das ações ordinárias do banco e 50,01% das preferenciais; o grupo Votorantim ficou com o restante e com a administração da empresa. O negócio envolveu R$ 4,2 bilhões. A operação será realizada por meio da aquisição, pelo Banco do Brasil, de ações ordinárias de emissão do Banco Votorantim e de propriedade da Votorantim Finanças S.A., pelo preço de R$ 3 bilhões; e a subscrição, pelo Banco do Brasil, de novas ações preferenciais emitidas pelo Banco Votorantim pelo valor de R$ 1,2 bilhão.
O fechamento do negócio ajudou na reação do Banco Votorantim, que completou 18 anos neste mês, chegando à posição de terceiro maior banco privado de capital nacional do país, com ativos totais de R$ 89 bilhões, 21% acima do patamar de igual período de 2008. O patrimônio líquido ficou em R$ 6,5 bilhões.
A carteira de crédito consolidada do banco atingiu R$ 48,6 bilhões em junho, incluindo avais e fianças, com crescimento de 22,1% em doze meses. O banco registrou o avanço de 29,7% nas operações com pessoas jurídicas; e de 14% na de pessoas físicas, para R$ 22,3 bilhões. A BV Financeira fechou o semestre com carteira de R$ 21,5 bilhões, com crescimento de 17,45 sobre igual período de 2008, compreendendo operações de crédito pessoal e crédito direto ao consumidor (principalmente financiamento de veículos).
Kuzuhara ressaltou que o crédito cresceu sem prejuízo da qualidade da carteira. O total de operações classificadas em D a H representavam 4,9% da carteira total, um ponto abaixo da média do mercado, disse.
Os depósitos totais somaram R$ 23,825 bilhões em junho, volume 13,7% superior aos R$ 20,963 bilhões de junho de 2008 e 26% aos R$ 18,9 bilhões registrados em dezembro, quando a crise internacional estava perto do ponto máximo.

Fonte: Valor

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