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Lucro do IRB-Brasil Re recua e atinge R$ 48,2 milhões no semestre

NO PRIMEIRO semestre de 2009, o IRB-Brasil Re registrou lucro líquido de R$ 48,2 milhões, patrimônio líquido de R$ 1.908,2 milhões e resultado operacional com resseguros de R$ 19,4 milhões. No mesmo período do ano passado, esses valores atingiram R$ 108,8 milhões, R$ 1.971,7 milhões e R$ 141,6 milhões, respectivamente. Os resultados foram afetados vários fatores, como o aumento da frequência e, principalmente, severidade dos sinistros.
Segundo nota, o índice de sinistralidade foi de 89,12%, com aumento de 19,70% em relação ao mesmo período de 2008. Incêndio em grandes fábricas e sinistros de engenharia na indústria petrolífera, por exemplo, geraram perdas elevadas. As carteiras que apresentaram maior aumento do índice de sinistralidade, comparando-se o primeiro semestre de 2009 com o mesmo período de 2008, foram: Seguros de Governo (50%), Riscos de Propriedade (43,27%) e Riscos de Transportes (25,94%).
Devido ao aumento de retenção em algumas linhas de negócios (seja em razão da concorrência ou opção estratégica), os prêmios ganhos cresceram 6,24%, totalizando R$ 857,7 milhões, com destaque para o crescimento das seguintes linhas de negócios: Energia (26,46%, atingindo R$ 45,9 milhões), Transportes (24,87%, atingindo R$ 243,5 milhões) e Pessoais (22,03%, atingindo R$ 73,4 milhões).
O índice de retenção, ou seja, a porcentagem que o IRB-Brasil Re assumiu do total dos riscos, subiu de 49,93%, no primeiro semestre de 2008, para 53,40%, no primeiro semestre de 2009. As despesas administrativas apresentaram queda de 25,44%, alcançando o valor de R$ 75,6 milhões. O resultado financeiro atingiu R$ 119,1 milhões, crescimento de 55,28% em relação ao primeiro semestre de 2008.
Apesar de o rendimento em moeda nacional ter sido de 6,10%, superior à taxa Selic no período, a variação da taxa do câmbio influenciou negativamente o resultado financeiro, tendo os ativos denominados em moeda estrangeira rendimento de menos 15,71%.
A adaptação do IRB-Brasil Re às regras de contabilidade da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP e do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP, obrigatória a desde janeiro de 2009, também impactou os resultados do período analisado, já que a empresa teve que constituir provisão de IBNER (sigla em inglês para “sinistros ocorridos mas não suficientemente avisados”) no valor de R$ 1.048 milhões.
O IRB-Brasil Re manteve ativos garantidores e reservas excedentes aplicados, majoritariamente, em títulos públicos federais, com alto grau de liquidez, no valor de R$ 4,341 milhões.

Fonte: Viver Seguro

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