Lucro das seguradoras mais que dobra no 1º bimestre
Apesar da previsão de perdas causadas pelas chuvas, o lucro das seguradoras no primeiro bimestre de 2023 vai de vento em polpa. Claro que é apenas um dado preliminar, que será corrigido ao longo do ano, mas é um dado mensal que as companhias são obrigadas a enviar para a Susep (Superintendência de Seguros Privados) e foram organizados em ranking pela consultoria Siscorp.
O lucro líquido do primeiro bimestre foi de R$ 4 bilhões em 2023, mais do que o dobro dos R$ 1,77 bilhão em 2022. Uma alta de 129,5%. A boa nova é que o prejuízo foi reduzido.
Das 16 seguradoras que fecharam no vermelho no ano passado, neste ano o ranking traz apenas duas. Em março serão contabilizados os sinistros das chuvas, o que deve piorar o resultado trimestral, comenta Dawson Henriques, sócio diretor da Siscorp. A disputa pela liderança do ranking segue acirrada.
Bradesco Seguros lucrou R$ 877 milhões no primeiro bimestre deste ano, retornando a liderança do ranking, ocupado pela Caixa no ano passado no período analisado, e que agora está em terceiro, com R$ 563 milhões.
A BB Seguridade exige o segundo maior lucro até fevereiro, com R$ 819 milhões. Itaú e Tokio completam as cinco maiores colocadas, como R$ 234 milhões e R$ 204,2 milhões, respectivamente.
Porto tem o sexto maior ganho, com R$ 178 milhões, seguida por Prudential (R$ 174 milhões), Zurich (R$ 141 milhões), Santander (107 milhões), e Liberty (R$ 84 milhões).
A expectativa de crescimento das vendas do setor de seguros em 2023 gira em torno de 10%, segundo projeções da CNseg, a confederação nacional das seguradoras.
Mas cada companhia tem uma projeção para este ano, levando-se em contas seus ramos de atuação. Em suas perspectivas para 2023, o Bradesco projeta um crescimento entre 6% e 10%.
Na BB Seguridade, por exemplo, após o resultado forte de 2022, espera uma desaceleração, mas ainda assim prevê um crescimento de dois dígitos.
A companhia estima um avanço entre 12% e 17% para o resultado operacional neste ano. Nas vendas, a Brasilseg estimativa crescimento de 10% a 15%.
No Itaú, alta entre 7,5% e 10,5% na receita de seguros e serviços em 2023. Essas expectativas são altamente dependentes das condições do mercado, do desempenho econômico geral do País, do setor e dos mercados internacionais.
Fonte: NULL