Lista de problemas fiscais aumentou sem a reforma da Previdência
Ao deixar a reforma da Previdência para 2019, o governo Michel Temer só aumentou a lista de problemas fiscais que o próximo presidente precisará resolver já no primeiro ano de mandato.
Além de negociar com o Congresso mudanças no regime de aposentadorias, o vencedor da corrida eleitoral terá pela frente a missão de discutir uma nova regra para o salário mínimo (a atual acaba em 2019), negociar com o funcionalismo mais uma rodada de reajustes salariais e encontrar a solução para um desequilíbrio de cerca de R$ 200 bilhões no Orçamento provocado pelo desenquadramento na regra de ouro, aquela que não permite que a União se endivide para pagar despesas correntes.
Tudo isso pressionado pela regra do teto de gastos, segundo a qual as despesas públicas só podem crescer com base na inflação do ano anterior.
As decisões de política fiscal tomadas no primeiro ano do próximo governo terão impacto sobre 70% do Orçamento e definirão a trajetória das despesas públicas por um ciclo de quatro anos, afirmam especialistas.
Fonte: O Globo