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Líderes do Resseguro Debatem Regulação e Descartam Protecionismo como Tendência

O painel Liderança global em resseguro trouxe alguns dos mais destacados executivos da área em sessão realizada hoje (20/06) na 48ª edição da International Insurance Society (IIS), no Rio de Janeiro.O chairman e CEO da Mapfre Re, Pedro de Macedo, lembrou que a companhia já usa o modelo de capital para medir os riscos de subscrição. Sobre o Solvência II, o executivo apontou a complexidade e excesso de dados, além de muitos requisitos burocráticos, o que requer muito pessoal controlando os negócios. Não sabemos ainda se visa proteger consumidores, seguradoras ou investidores , completa.
Quanto ao cenário brasileiro, ele declarou que a Mapfre Re cobre toda a América Latina, de modo que a companhia não faz críticas aos modelos de regulação de cada país. Podemos até dizer que o monopólio no Brasil foi positivo, durante certo tempo, no sentido de disciplinar o mercado, mas hoje não é mais necessário esse protecionismo, considerando que o país vai precisar muito das resseguradoras na construção ou ampliação da infraestrutura necessária para Copa do Mundo e Jogos Olímpicos .
Já o presidente da Validus Holdings, Joseph Consolino, que trabalha nas Bermudas, comentou a respeito das novas regras de solvência. “Seja melhor ou pior, temos de estar em conformidade . Além disso, o executivo destacou que ninguém pode definir que regulações prudentes podem ser nocivas. O tempo dirá qual vai ser o impacto sobre os consumidores e o que temos a fazer é nos adaptar .
Consolido também reafirmou a relevância do mercado brasileiro no contexto global. Não podemos ter uma estratégia que não contemple o Brasil, em especial pela expansão dos setores imobiliário e petroquímico. Atendemos o país através de nosso escritório em Miami e, na minha opinião, as resseguradoras, ao longo do tempo, vão ganhar pleno acesso às linhas de negócios locais .
Já o chairman da Willis, James Vickers, reforçou que o aumento do rigor regulatório pode ser benéfico, ao comentar as medidas de restrição no resseguro impostas pela Susep. Mas fico preocupado com os clientes de resseguro, porque não sabemos o impacto nos preços dos produtos. De qualquer forma, não vejo o protecionismo como uma tendência, porque existe a necessidade do fluxo livre de capitais globais .

Fonte: CQCS

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