Lei reconhece Carmen Portinho como patrona do urbanismo
Foi publicada sexta-feira (16) a lei que declara a engenheira e urbanista Carmen Velasco Portinho (1903-2001) “Patrona do Urbanismo no Brasil”. A Lei 14.477/22 foi sancionada sem veto pelo presidente Jair Bolsonaro.
O texto tem origem no Projeto de Lei 1679/22, do senador Carlos Portinho (PL-RJ), que é sobrinho-neto da homenageada. A proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados com parecer favorável da relatora, deputada Soraya Santos (PL-RJ).
Ela afirmou que Carmen Velasco Portinho é um símbolo de que as mulheres podem alcançar qualquer posição desde que tenham capacitação e competência.
Biografia
Carmen Portinho nasceu em Corumbá (MS) e se formou em engenharia civil em 1925, na Escola Politécnica da antiga Universidade do Brasil hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Em 1939, tornou-se a primeira mulher a obter o título de urbanista no País. Em 1945, após estagiar nas comissões de reurbanização das cidades inglesas destruídas pela guerra, Carmen sugeriu ao então prefeito do Rio de Janeiro a criação de um departamento de habitação popular para sanar a falta de moradias populares no município, o que ocorreu no ano seguinte.
Junto com o marido, o arquiteto Afonso Reidy (1909-1964), foi responsável por diversos projetos que marcaram a história da arquitetura no País, como o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM).
Também fundou, ao lado de Bertha Lutz, Jerônima Mesquita e Stella Guerra Durval, a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, associada ao movimento sufragista internacional, que buscava a igualdade de gênero e a autonomia das mulheres.
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