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Latinos são negligentes com poupança para a aposentadoria, diz especialista

Os latino-americanos estão despreparados para se aposentar. Apesar de preocupante, a constatação traz um enorme desafio para executivos de seguros de Vida e Previdência Privada. “Podemos ajudar essas pessoas a se prepararem para o futuro”, afirmou Robert A. Kerzner, presidente e CEO da LIMRA, LOMA e LL durante a abertura da 2013 Conferência Latino Americana, que reuniu mais de 500 executivos de seguros da região em evento realizado em Foz do Iguaçu, no Paraná, no final de agosto.
A afirmação de Bob, como é conhecido, faz parte de uma pesquisa inédita divulgada nesta segunda-feira, 26. “A pesquisa mostra que grande parte dos países do mundo está despreparada, com as pessoas poupando menos do que realmente precisam para viver com qualidade de vida a partir da aposentadoria. Americanos e latino-americanos têm o mesmo sentimento: não guardamos o suficiente”, disse Kerzner.
Além de ter a sensação de ter poupado pouco, a pesquisa da Limra revela que realmente há uma falta de poupança e de planejamento de aposentadoria, bem como uma má compreensão dos riscos associados à inatividade, como a longevidade, com os custos com cuidados de saúde, com a volatilidade dos investimentos e com os riscos da inflação. “Nossa indústria, diferente de qualquer outra, oferece as soluções que podem mitigar esses riscos que perturbam as pessoas”, afirmou.
Outros dados divulgados pela pesquisa da Limra Loma são relevantes. Menos de um quarto dos pré-aposentados sentem que serão capazes de conseguir uma aposentadoria confortável; três em cada quatro pré-aposentados não acreditam ou não têm certeza se eles vão ser capazes de suportar as necessidades do dia-a-dia na aposentadoria, e quase metade dos pré-aposentados acha que eles precisam se planejar para menos de 20 anos ou não têm ideia de quanto tempo é necessário para solucionar parte dessa angústia.
Trata-se de um cenário que desperta a atenção dos investidores. Além de um forte potencial para vender produtos, o crescimento da classe media nos países latinos está explodindo. No entanto, Kerzner disse que há espaço para a indústria ser otimista. “A classe média teve um crescimento de 50% na última década na região. É uma oportunidade evidente para muitas empresas globais que buscam a internacionalização para garantir as rendas estáveis de seus mercados já maduros”, observou ele.
Kerzner também citou que as populações latino-americanas têm uma pirâmide populacional investida comparada aos países europeus. Ou seja, são países jovens, com mais gente trabalhando do que recebendo benefícios. “Isso faz uma pressão bem menor nas contas do governo do que países europeus como França, Espanha e Itália estão enfrentando”.
Segundo o executivo, para aproveitar essa oportunidade, as empresas precisam buscar novas formas de vender, pois o cenário que as economias latinas vivem hoje é bem diferente no passado. “A bolsa cresceu por 20 anos e agora é muito volátil. Os americanos tinham uma poupança elevada e perderam muito na crise. Eles não sabem como se preparar, mas querem ajuda de consultores, que comprovadamente podem criar empatia com as pessoas. Temos de ajudar as pessoas a lidar com o anjo, que mostra a necessidade de se preparar, e com o diabo, que reage afirmando não tem dinheiro para isso agora. Ter um programa de venda que integra os componentes da pesquisa torna a venda muito mais fácil do que décadas atrás”, finaliza o CEO da Limra.

Fonte: DENISE BUENO

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