Justiça dos EUA decide que motorista do Uber é funcionário da empresa
Em uma decisão que pode ter grandes implicações pela maneira como o Uber conduz os negócios no seu estado natal, a Comissão de Trabalho da Califórnia decidiu que uma motorista era uma funcionária da empresa quando dirigia para a companhia.
O Uber sempre alegou que seus motoristas são contratantes, uma classificação que significa que o Uber não precisa fornecer vários benefícios de contratação. Mas a nova decisão desafia essa afirmação.
A decisão foi tomada há alguns dias pela junta de trabalho após uma audiência de uma disputa entre uma ex-motorista do Uber, Barbara Berwick, e o Uber. Berwick processou o Uber, alegando não ter recebido alguns salários, despesas com o carro, e determinadas porcentagens.
A decisão foi tornada pública nesta semana, quando foi arquivada com o tribunal estadual de San Francisco. A Reuters publicou a informação em primeira mão.
Os réus se afirmam como nada mais do que uma plataforma tecnológica neutra, feita simplesmente para permitir que motoristas e passageiros façam transações de transporte, afirmou a comissão de trabalho da Califórnia. A realidade, no entanto, é que os réus estão envolvidos em cada aspecto da operação.
O órgão aponta que o Uber aprova e barra motoristas, controla quais carros eles dirigem, monitora suas avaliações, gerencia seu acesso ao app do Uber, e controla a quantidade de dinheiro que podem ganhar ao determinar taxas.
Por isso, a comissão determinou que a motorista era sim uma funcionária do Uber.
Como resultado, o tribunal determinou que o Uber pague à motorista pelos quilômetros que ela dirigiu como uma funcionária, além dos pedágios que teve de pagar nas estradas enquanto trabalhava para a empresa.
Com taxas adicionais, foi decidido que o Uber terá de pagar 4.152 dólares para a sua ex-motorista.
Fonte: http://idgnow.com.br/