IRB: o que esperar para as ações em 2023?
Com queda de quase 80% em 2022 (mais precisamente, 78,61%) e começando 2023 fora do Ibovespa por conta do valor abaixo de R$ 1 das suas ações, o ressegurador IRB segue sendo alvo de muita cautela de investidores e analistas de mercado.
Há quem acredite que as ações já caíram demais.
Contudo, não há muitos motivos para ânimo com a empresa cerca de três anos após ela enfrentar uma crise de confiança que abalou o ativo, após a gestora Squadra apontar uma série de inconsistências no balanço em fevereiro de 2020.
Assim, as ações seguem (muito) longe das máximas de R$ 41,50 registradas no início daquele ano.
De acordo com a Refinitiv, de sete casas que cobrem o papel, sete possuem recomendação neutra. Ou seja, defende manutenção dos papéis para quem os tem, mas não recomenda compra e nem posição vendida para os ativos.
No começo de dezembro, uma casa tinha recomendação de venda para os ativos. Era o Credit Suisse que, contudo, deixou de cobrir o ativo na segunda quinzena do último mês de 2022, não sem antes cortar o preço-alvo do ativo de R$ 3,35 para R$ 0,70 (ou em 79%).
No segundo semestre do ano, por sinal, algumas casas, como o Citi e o JPMorgan, elevaram a sua recomendação para as ações do IRB de equivalente à venda para neutra, mas muito mais baseado no fato de suas ações terem caído muito do que por um otimismo com os ativos.
Em meados de novembro, logo após o IRB ter registrado números do terceiro trimestre considerados fracos, o Citi elevou a recomendação para os ativos do IRB, de venda para neutra, mas cortando o preço-alvo de R$ 1,10 para R$ 0,90.
Para eles, os prejuízos da resseguradora e a falta de visibilidade para fazer projeções ainda levam a uma visão cautelosa para os ativos, mas a forte queda do ativo elimina o potencial de quedas ainda mais fortes.
Fonte: NULL