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IRB fatura até 1,9 bilhões e volta a crescer

O IRB Brasil Re iniciou o segundo semestre revertendo o processo de queda nas vendas observado ao longo do primeiro semestre, quando a receita caiu 4%. Ao captar cerca de R$ 511 milhões em julho e agosto, a estatal elevou o faturamento acumulado no ano para R$ 1,922 bilhão, superando em 2,1% os R$ 1,882 bilhão contabilizados nos oito primeiros meses de 2005.
Com o repasse de riscos brasileiros para o mercado doméstico e, principalmente, para as resseguradoras estrangeiras, o IRB comprometeu 50,6% dos prêmios emitidos até agosto, pouco mais de R$ 972,7 milhões, registrando expansão de 11,5% frente a igual período de 2005, quando as transferências chegaram a R$ 872,2 milhões, 46,3% da receita.
Nesse processo de colocação de coberturas, sobretudo, no exterior, as despesas de comercialização de planos de resseguros chegaram em agosto no patamar de R$ 84,645 milhões, 10% menos que a estatal pagou pela intermediação dos negócios nos oito meses iniciais de 2005.
Contudo, no mesmo período, os sinistros evoluíram acima do faturamento. Os desembolsos com o pagamento de indenizações subiram de R$ 336,1 milhões para R$ 349,6 milhões, expansão de 4%, enquanto a receita de prêmios ganhos, da ordem de R$ 974,8 milhões, recuou 5,2%. Com esse desempenho, o índice de sinistralidade passou de 32,7% para 35,9%. Já as reservas saíram de R$ 22,7 milhões para R$ 171,3 milhões, salto de 655,7%.
Corte de R$ 41,6 milhões nos gastos administrativos
Embora a sinistralidade tenha crescido, o IRB chegou a agosto com resultado operacional positivo, alojado em R$ 389,7 milhões, embora 35,6% abaixo dos R$ 604,7 milhões acumulados até agosto do ano passado.
Ao contrário dos sinistros, a empresa reduziu as despesas administrativas: de R$ 131,1 milhões, no intervalo de janeiro a agosto de 2005, para R$ 89,5 milhões nos oito primeiros meses deste ano. A queda foi de 31,7%, o equivalente a R$ 41,6 milhões. Os gastos com salários, encargos, benefícios e provisões, que atingiram R$ 75 milhões, caíram 24,8%. A economia com outros dispêndios foram a R$ 16,9 milhões: diminuíram de R$ 31,4 milhões para R$ 14,5 milhões, 53,7% menos. Com serviços terceirizados, a redução foi de 2,2%, na casa de R$ 16,8 milhões. O resultado financeiro, de R$ 21,7 milhões, cresceu 131%.
Mas a valorização do real frente ao dólar tem refletido negativamente sobre os resultados da empresa. Impacto significativo foi verificado no lucro líquido, menos favorável. Até agosto foi 26,5% menor, ao atingir R$ 170,2 milhões, ante os R$ 231,6 milhões apurados em igual intervalo do ano passado. O valor patrimonial da ação subiu 2,7%, mas rentabilidade do patrimônio líquido foi 31,8% menor.
O patrimônio líquido da estatal foi a R$ 1,656 bilhão de janeiro a agosto, 2,7% maior que os R$ 1,612 bilhão registrados nos oito primeiros meses de 2005. Os ativos totais também cresceram, na proporção de 5,8%, para R$ 4,727 bilhões. Nas reservas técnicas, que chegaram a R$ 2,091 bilhões, a alta foi de 11,3%. Já as provisões econômico-financeiras mostraram-se estáveis, diminuindo ligeiramente 1%, para R$ 997,6 milhões.

Fonte: ANAPP Informa

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