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IRB coloca à venda 35 imóveis por R$ 6,7 mi

Os imóveis estão espalhados por todo o país. Em São Paulo, há dois andares em um edifício no Ibirapuera – onde funciona o escritório do IRB na cidade e a seguradora Aliança do Brasil -, avaliados em R$ 1,4 milhão cada. Há ainda salas em prédios em Brasília, Belém, Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte. Há até vagas em garagens em prédios do Rio, onde está a sede da resseguradora, a maior da América Latina. Para a venda, o IRB abriu uma concorrência na última sexta-feira. Vence quem oferecer o maior preço. O resultado será conhecido dia 26 de novembro, às 10h30.
A venda dos imóveis faz parte de um processo de reestruturação maior, promovido pelo IRB, para se adequar ao mercado de resseguros aberto, que começa a valer a partir de janeiro e tende a ser mais competitivo. Desde que foi criado, em 1939, o IRB sempre operou em um monopólio e nunca teve que enfrentar a concorrência. Agora, o mercado espera a vinda de resseguradoras estrangeiras para o Brasil. São esperadas pelo menos dez, principalmente com o fato de a Superintendência de Seguros Privados (Susep) ter privilegiado, com as novas regras para o setor, as companhias que criarem empresas aqui (o chamado ressegurador local).
Ainda dentro do processo de reestruturação, o IRB vem procurando qualificar seus funcionários, incluindo cursos no exterior, e adotando práticas de governança corporativa. Uma das alternativas em análise pela empresa é a abertura de capital. Comenta-se ainda que os sócios privados do IRB, que inclui o Unibanco e o Bradesco, têm interesse de sair do capital da resseguradora para criar uma companhia própria. A estatal também está escolhendo uma consultoria para traçar um plano de negócios que vai avaliar o mercado mundial de resseguros e definir planos de ação para a empresa. Outro passo é escolher uma agência de rating.
Em setembro, o IRB registrava ativos totais de R$ 5,5 bilhões e patrimônio líquido de R$ 1,9 bilhão. De janeiro a setembro, emitiu prêmios totais de R$ 2,3 bilhões, expansão de 3,1% em relação ao mesmo período de 2006. O lucro líquido ficou em R$ 191 milhões, queda de 15%.
O ano de 2007 foi marcado por dois grandes sinistros que envolveram o mercado de resseguros, a queda do avião da TAM, em julho, e a cratera nas obras do metrô de São Paulo, em janeiro. Por conta disso, os sinistros pagos pelo IRB cresceram 9,2% e somaram R$ 656 milhões de janeiro a setembro.

Fonte: Valor

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