Investimento dos fundos de pensão em ações é recorde
São Paulo, 14 de Fevereiro de 2008 – A fatia do patrimônio dos fundos de pensão de empresas privadas (como Fundação Itaúsa, do Itaú, e Valia, da Companhia Vale do Rio Doce) aplicada em ações atingiu a mediana de 22,5% no último trimestre de 2007. Ao mesmo tempo, a parcela dos recursos empenhada em títulos de renda fixa caiu para 80%, a menor mediana da história, segundo as consultorias NetQuant e Towers Perrin. Por trás desse movimento está a queda do juro básico, hoje em 11,25% ao ano, afirma Marcelo Nazareth, presidente da NetQuant. Essa taxa de juro ficou bem perto do custo de administração dos fundos, de 9,8% ao ano, em média. “Por isso, os administradores são obrigados a buscar rentabilidade maior na renda variável.”
Como a expectativa do mercado para o médio e longo prazos é de mais redução do juro, o executivo acredita que a tendência deve se intensificar. Pelas regras do CMN (Conselho Monetário Nacional), os fundos podem investir até 50% em renda variável.
O percentual das carteiras dessas instituições aplicado em ações ainda é bem inferior ao dos fundos de pensão de estatais, como Petros (Petrobras) com cerca de 32%; e Funcef (Caixa Econômica Federal), com 30%. Segundo a Abrapp, entidade do setor, a parcela das carteiras dos fundos empregada em ações atingiu em 2007 o maior nível em sete anos.
B1(Gazeta Mercantil/1ª Página – Pág. 1)(Aluísio Alves)
Fonte: Gazeta Mercantil
