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INVESTIDOR SE ANIMA COM JURO AMERICANO

Os mercados financeiros do Brasil e do exterior tiveram bom desempenho ontem, desde o início do dia, sendo impulsionados pela divulgação da ata da reunião de março do Federal Reserve (Fed), o banco central (BC) norte-americano. No documento, os diretores da autoridade monetária indicam que o ciclo de alta dos juros básicos dos Estados Unidos pode estar perto do fim. O principal índice da Bolsa de Nova York, o Dow Jones, fechou em alta, próxima dos 200 pontos, na maior elevação percentual desde outubro. Essa perspectiva também reforçou a tendência de baixa do dólar, pois estimula os investimentos no Brasil, onde as taxas de juros ainda são bastante altas. O dólar fechou em queda de 0,89%,cotado a R$ 2,11. O BC realizou um leilão para compra da moeda no fim da manhã, mas mesmo assim estão sobrando dólares no mercado. Depois das 15h, quando saiu a ata da última reunião do Fed, as cotações caíram ainda mais
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanhou a de Nova York. Depois que o Fed sinalizou o fim próximo do ciclo de elevação da taxa básica de juros dos EUA, a Bovespa acelerou a alta que exibia desde a abertura e fechou em 39.572 pontos, novo recorde, com elevação de 2,88% e giro de R$ 2,93 bilhões. Nos últimos dias, o temor de que os juros americanos continuassem subindo, depois de 15 aumentos, provocou nervosismo, porque parte dos investidores estrangeiros pode abandonar as suas aplicações em mercados como o brasileiro para buscar retornos mais atraentes. Então, quando o comitê do Fed diz no documento que o fim série de elevações está próximo e que os seus membros até mencionaram no seu mais recente encontro o perigo de um aperto monetário muito forte, o resultado é um certo alívio.
A expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC brasileiro reduza hoje a taxa básica de juros da economia, dos atuais 16,5% ao ano para 15,75% foi outro motivo para o recorde da Bovespa. As ações da Petrobras, as mais negociadas do pregão, dispararam 4,72%, para R$ 46,11, pelos recentes aumentos dos preços do petróleo no mercado internacional. O barril fechou a US$ 71,35 em Nova York. Nos próximos dias, a tendência de alta da bolsa paulista deve continuar, com alguma correção de preços e realização de lucros no meio do caminho, mas os fundamentos da economia estão bons e favorecem o bom humor no mercado financeiro.
Ações da Varig disparam no pregão
As maiores altas da Bovespa foram as ações ordinárias (ON) de Brasil Telecom (13,9%) e Petrobras (5,69%). A lista das maiores quedas foi puxada pelos papéis preferenciais (PN) da Contax (0,78%) e Telemar ON (0,42%). Os ajustes iniciados anteontem, com as ações ON da Telemar haviam tido a maior valorização da bolsa paulista, 27,78%. Outro destaque foram as ações da Varig, que fecharam ontem em alta de 45,8%. A valorização nesses dois dias (81,03%) já foi suficiente para reverter as perdas da última semana. Nos últimos sete dias, as ações PN da empresa acumulam alta de 14,13%. No balanço dos últimos 30 dias, porém, a Varig contabiliza queda de 19,23% e, no ano, desvalorização de 25%.

Fonte: Superávit

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