Inteligência financeira é arma contra lavagem de dinheiro no setor
A CNseg realizou o VII Seminário de Controles Internos, Auditoria e Gestão de Riscos que, neste ano, teve o tema Como Gerenciar o Risco Operacional. O evento foi promovido em conjunto com a Escola Nacional de Seguros e aconteceu ontem (19/09), no Hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo.
Um dos destaques da programação foi a palestra Atuação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras do Ministério da Fazenda (COAF-MF) na Prevenção à Lavagem de Dinheiro e a Contribuição do Setor de Seguros, que ficou sob a responsabilidade do presidente do COAF-MF, Antonio Gustavo Rodrigues.
Ele apresentou o histórico de criação do COAF-MF, a partir da Lei 9.613/98, e como são feitas a triagem e análise de processos com base em inteligência financeira, visando a detecção de operações com indícios de irregularidades.
No período de 01/10/2012 a 30/06/2013, o mercado regulado pela Susep totalizou 137.829 comunicações, que incluem desde pedidos de intercâmbio de informações a denúncias e até mesmo aportes de PGBL em valor único igual ou superior a R$ 1 milhão, entre outras situações suspeitas.
Nesse sentido, Antonio Augusto apontou que, apesar de recentes, os sistemas de identificação de lavagem de dinheiro têm comprovada eficácia. Entretanto, para continuar se antecipando à ação dos criminosos, o arcabouço regulatório precisa de evolução.
O normativo requer aprimoramentos quanto à revisão das disposições que tratam da comunicação de operações automáticas e de operações suspeitas, que devem ser efetuadas quando são identificados sérios indícios dos crimes previstos na Lei 9.613/98, declara Antonio Augusto, sugerindo ainda que é necessário melhorar a qualidade das informações enviadas ao COAF-MF para aperfeiçoamento do trabalho de inteligência financeira.
Fonte: CQCS