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Instituto de Resseguros deverá abrir capital na Bolsa de Valores

A estratégia do IRB Brasil Re para enfrentar a concorrência a partir da efetivação da abertura do mercado brasileiro de resseguros poderá passar pela realização de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A operação é vista como uma possibilidade nesta nova fase do setor, diz Pedro Guimarães, diretor do UBS Pactual. Para ele o possível IPO do instituto seria muito viável, já que “o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) é um ativo sem preço, vale bilhões”.
De acordo com Otávio Ribeiro Damaso, presidente do conselho de administração do IRB, o mercado de seguros tem apresentado forte abertura, o que reduzirá a participação do IRB no setor, mas, ao contrário do que pode parecer, deve aumentar o volume de negócios fechados pela resseguradora. “Com o fim do monopólio é certo que vamos perder participação relativa no mercado, mas a tendência é de crescimento do setor e de um ganho em volume de negócios para o IRB”, afirmou Damaso durante a 4ª Conferência Brasileira de Seguros, Resseguros, Previdência Privada, Saúde Suplementar e Capitalização (Conseguro). Ele aponta ainda que o instituto vai “se livrar da responsabilidade de assumir todos os riscos do mercado brasileiro”, diz. “Agora temos de buscar rentabilidade, negócios e sobrevivência. Isso não quer dizer que vamos abandonar nosso compromisso com o mercado brasileiro de seguros, mas podemos passar a dar mais atenção a alguns setores que parecerem mais atrativos”, completa.
O presidente do conselho citou alguns setores promissores e com tendência de crescimento no setor nacional de seguros e resseguros: crédito, impulsionado pelo aquecimento do comércio e pela expansão dos financiamentos; construção civil, em todas as etapas da cadeia (desde a construção, até o financiamento e o seguro do bem em si); vida e previdência, com o reforço da atuação do resseguro na área de previdência; industrial, com a adesão de grandes empresas ao seguro; energia, com a construção de 40 pequenas centrais hidrelétricas nos próximos anos; petróleo, graças aos grandes investimentos da Petrobras; seguro rural, pelo peso do agronegócio no Produto Interno Bruto (PIB) e nas exportações brasileiras; e os novos segmentos, como o seguro ambiental.
Damaso destacou ainda que a participação do volume de prêmios do PIB nacional ainda é muito pequena, na ordem de 3%. Além de ser um mercado onde ainda há muito espaço para crescer, o Brasil atrai o interesse de estrangeiros porque está livre das catástrofes naturais, “que são o grande pesadelo das seguradoras e resseguradoras nacionais e internacionais”, afirmou. O presidente citou ainda que o atentado terrorista ao World Trade Center em setembro de 2001 gerou um sinistro muito caro em termos de indenizações, e o Brasil também não é alvo deste tipo de evento.
O IRB-Brasil Re projeta passar por mudanças no ano que vem, como a modernização financeira e o aperfeiçoamento do seu departamento de Recursos Humanos, além de novas ações ligadas à governança corporativa e pela mudança da forma de atuação do IRB junto as seguradoras.

Fonte: DCI OnLine

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