Instituições financeiras também podem ter Seguro
O evento teve a coordenação técnica do advogado Walter Polido, que é professor e coordenador de cursos de Pós-Graduação da Escola Superior Nacional de Seguros. Ele abriu o evento dizendo que os danos financeiros trazem perdas reais e criam novas oportunidades para Corretores de Seguros. A palavra-chave é especialização. É um segmento novo que requer conhecimento e leitura, afirmou.O advogado lembrou ainda que a evolução tecnológica é mais rápida que a próprio Direito. E isso cria problemas. A Legislação nem sempre é satisfatória, por isso, a doutrina e a jurisprudência resolvem, lembrou.Gustavo Galrão, executivo da XL Seguros, mostrou os riscos intrínsecos da atividade financeira: riscos de crédito, operacionais, de mercado e reputacional. A conjuntura econômica, a situação político-social, a educação , a criminalidade, entre outros fatores influenciam os riscos. Por exemplo, se a situação econômica de um país não está boa, a tendência é que haja aumento da criminalidade. Seja pelo roubo físico de agências, por exemplo, ou no crescimento de fraudes eletrônicas.Em termos de combate a fraudes, o Brasil já foi considerado referência. Muitas fraudes surgiram no país e a solução para elas também.Celso Gomes, da Zurich Seguros, destacou o seguro D&O, uma apólice voltada para pessoas com poderes de gestão na estrutura organizacional de uma empresa financeira. A apólice prevê, inclusive , cobertura de processos judiciais em casos de investigação de fraude.Práticas trabalhistas indevidas. Com o crescimento das denúncias de assédio moral a cada dia na Justiça trabalhista, Rafael Domingues, da Ace Seguros, mostrou o Employment Practices Lability (EPL). Um Seguro que protege a empresa de reclamações trabalhistas de seus colaboradores, ex-colaboradores em casos de indenização por danos morais. É um produto contratado pela Pessoa Jurídica e cobre administradores, empregados CLT, estagiários, temporários e terceirizados. Tem cobertura para assédio moral, sexual discriminação, imposição de metas abusivas, violação de privacidade etc.Alguns dos produtos desenhados para o setor financeiro contam com alguma dificuldade de penetração, porque é preciso que seja revelado que é tratado de maneira sigilosa pelas instituições. Essa é uma dificuldade que, muitas vezes, faz com que as instituições sejam resistentes aos produtos oferecidos. Por outro lado, as recentes notícias de instituições sofrendo investigações por fraudes de seus executivos ou sendo acionadas na justiça por seus clientes começam a abrir um espaço dentro das instituições. São possibilidades de negócios que devem ser observadas por todos.
Fonte: CQCS