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Inovar é olhar fora da ‘casinha’

No II Encontro Clube de Parceiros da Mongeral Aegon, consultor indiano destaca que a empresa inovadora é criativa e deixa para trás velhos modelos. 
Convidado pela Mongeral Aegon para participar do II Encontro Clube de Parceiros, cujo tema deste ano foi ‘Visões das Inovações’, o consultor indiano Sudhanshu Palsule fez a primeira palestra do encontro, na tarde de ontem, 8 de abril, traçando um paralelo sobre o sucesso das empresas e a relação direta com o setor em que elas atuam, o seu modelo de negócio e, principalmente, a sua organização interna.  
Ele introduziu o tema explicando que as empresas ficam presas a práticas que as tornam menos competitivas, exatamente por causa da organização interna. “Hoje, o maior atributo do líder está na criatividade. Conhecimento se tornou commodity, qualidade é fundamental, as pessoas têm cada vez mais acesso às informações e, por isso, inovar é mais importante do que nunca”, afirmou. 
Tudo isso resulta em um mundo mais complexo e complicado. Aliado, ainda, à resistência às mudanças tanto pelos seres humanos como pelos próprios líderes de sucesso. “Precisamos entender o que é inovação, como trabalhar e pensar de formas diferentes. É preciso olhar ao redor, para o mundo, e estar cada vez mais inserido no ecossistema. Se antes as relações eram interpessoais, hoje e cada vez mais é o inverso”, comentou. 
E engana-se quem pensa que inovação está atrelada às empresas de grande porte. “Nos últimos quinze anos, o que se observa é que são as corporações menores que mais têm inovado. A informação está disponível de graça e os custos com comunicação reduziram drasticamente. Por isso, tamanho não é mais vantagem. Destaca-se a empresa que tem a cultura de saber ouvir”, destacou. 
Na indústria de seguros 
Especificamente no setor de seguros, que tange produtos subjetivos cuja percepção de valor não é imediata, uma vez que se compra uma proteção a um risco que não necessariamente se confirma e, por se tratar de uma indústria que foca nas vivências do passado para prever o futuro, o consultor dá a sua orientação. 
“São questões que são o âmago de muitas empresas que vendem serviços. Por isso, é importante a percepção do consumidor em relação ao produto, às suas atratividades e, principalmente, a empresa tem que ter valor para se diferenciar e precisa estar inserida no ecossistema (universo interno e externo)”, afirmou. 
Para exemplificar, ele citou o caso da Nokia que no ano de 2005 era a corporação mais rentável do mundo, com ações negociadas em bolsa a US$ 600 e que hoje não passa de US$ 2,50. “A sua maior dificuldade foi não conseguir inovar. Ela perdeu a oportunidade de perceber que os jovens iriam demandar por aparelhos com funções que iam além de receber e fazer chamadas”. Uma lição de casa que a Apple não apenas soube fazer como nenhuma outra, como também criou o seu ecossistema envolvendo o seu consumidor. 
Ele citou também os cases bem sucedidos da Starbucks Coffe, que inovou o conceito de cafeteria em um espaço de relacionamento, e da Nespresso, que revolucionou o mercado ao criar cápsulas para café expresso, proporcionando comodidade. 
No universo dos dados e informações
 
Nesse abrangente universo de dados e informações, na sequência Luli Radfahrer, consultor em inovação digital, destacou em sua apresentação que cada vez mais o mundo digital tem sido uma continuidade do mundo físico. “Há um universo de dois bilhões de pessoas on-line e 5,3 milhões de linhas celulares ativas. Além disso, o mercado de equipamento móvel cresce oito vezes mais que o de computadores pessoais (PCs)”, citou. 
Sobre o poder das redes sociais, muito mais do que uma ferramenta de interatividade e exposição, Radfahrer comentou sobre a potencial base de dados que elas têm. “O Facebook tem um milhão de usuários e mais de um trilhão de conexões. Por essa fonte, consegue-se descobrir todos os dados e informações dos usuários, Já o You Tube tem um bilhão de contas e mais de quatro bilhões de visualizações por dia”, exemplificou.
 Ainda de acordo com ele, o seguro é uma indústria que tende a crescer furiosamente nos próximos anos e a oportunidade está em saber se comunicar com o público que utiliza as ferramentas digitais e, principalmente, fazer uso das informações, dos dados por elas disponíveis.
 
O II Encontro Clube de Parceiros da Mongeral Aegon, realizado em São Paulo nos dias 8 e 9 de abril, reúne especialistas internacionais, lideranças e parceiros da companhia, com o objetivo de levar ao público soluções e propostas com foco na inovação no segmento de seguro de pessoas.

Fonte: Revista Cobertura

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