Incidente no Canal de Suez provoca corrida por indenizações
A liberação do navio de contêineres Ever Given, que obstruía o canal de Suez, pode ter dado certo alívio ao mercado internacional. No entanto, os problemas não só econômicos como também jurídicos da paralisação de uma das maiores rotas do comercio exterior devem ser sentidos nos próximos meses, incluindo a busca por indenizações de seguros.
Uma longa rodada de cobranças deve começar, com os envolvidos tentando dirimir suas perdas, após uma semana de interrupção numa das principais rotas marítimas do mundo. Hoje, a expectativa é que 140 embarcações atravessem o canal.
De acordo com a Lloyd’s List, revista especializada em navegação, 90% das cargas marítimas não estão seguradas em caso de atraso. Como explica o sócio do Kincaid Mendes Vianna Advogados, Lucas Leite Marques, existem tipos de seguros diferentes, e a luta das partes para conseguir o ressarcimento deve se prolongar.
No mercado de navegação, normalmente, os navios pertencem a uma empresa e são alugados para outros usuários utilizarem. É o caso do navio que encalhou, que é japonês mas está alugado para uma empresa de Taiwan.
Quem aluga paga uma taxa diária pelo uso da embarcação e, com o atraso gerado pela obstrução, esse valor irá aumentar. Além disso, mesmo com o problema em Suez resolvido, muitos desses navios irão para os mesmos portos na Ásia, levando, portanto, o congestionamento de um lugar para o outro.
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