Impasse no seguro de alto forno permanece
A siderúrgica CSN recebeu US$ 360 milhões de seguro que considera ser de US$ 600 milhões pela explosão de alto forno em Volta Redonda (RJ) em 2006, segundo o advogado da siderúrgica Ernesto Tzirulnik. Ele afirmou que o IRB-Brasil, responsável pelo resseguro, propôs, em 2007, o valor total de US$ 520 milhões. A proposta foi recusada pela CSN. Depois disso, o IRB não renovou o resseguro com a CSN, disse Tzirulnik.
Para o advogado, a não renovação do resseguro com o IRB, que vem de 2007, é forma de a resseguradora pressionar a CSN para que aceite receber os US$ 520 milhões O IRB quer forçar acordo, disse.
Diante da negativa do IRB, a CSN fechou contrato com a seguradora Mapfre e grupo de 30 resseguradoras estrangeiras lideradas pela Berkshire Hathaway, em fevereiro último, antes da abertura do mercado de resseguros às empresas estrangeiras, que ocorreu em abril.
O seguro cobre riscos patrimoniais e operacionais da CSN e o resseguro tem limite máximo de indenização de US$ 750 milhões, sendo que US$ 250 milhões são a cargo da Berkshire Hathaway.
A CSN trava há dois meses batalha na Justiça para que o IRB participe do grupo, ainda que apenas formalmente, já que o contrato foi feito durante o período de monopólio da resseguradora no País. Os dois lados tiveram vitórias parciais, mas, segundo Tzilrunik, vale decisão para que o IRB participe do grupo ressegurador mesmo que não assuma responsabilidade pelo pagamento, o que atende ao interesse da CSN.
O IRB está sujeito à multa de R$ 100 mil por dia enquanto não cumprir a decisão, afirmou. Procurado, o IRB não quis pronunciar-se.
Fonte: Jornal do Commercio