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IGP-M mostra deflação e DIs recuam na BM & F

SÃO PAULO – Os contratos de juros futuros começam a semana perdendo prêmio de risco na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F). Os agentes reagem à deflação nos preço do atacado e às projeções do Boletim Focus do Banco Central (BC).Há pouco, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento para janeiro de 2010 cedia 0,06 ponto, a 9,42%. O vencimento para janeiro 2011 recuava 0,11 ponto, a 10,11%. E janeiro 2012 apontava 11,14%, desvalorização de 0,01 ponto.Na ponta curta, o DI junho de 2009 não registrava negócios. Julho de 2009 diminuía 0,01 ponto, a 9,90%. E agosto de 2009 devolvia 0,03 ponto, a 9,73%.Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,52% na primeira prévia de maio, abaixo do piso das expectativas. Em igual período de abril ,a deflação no atacado fora de 0,53%.De acordo com o gestor da Modal Asset Management, André Simões Cardoso, a deflação no atacado estimula a redução nos prêmios de risco, perpetuando o movimento que já era observado na semana passada em meio a um ambiente marcado pela maior propensão ao risco e queda no preço do dólar.Ainda de acordo com Cardoso, os problemas envolvendo a economia mundial são severos, o que garante a tendência de redução na taxa básica de juro da economia brasileira. No entanto, o ajuste fino nas expectativas para a taxa Selic acontecerá conforme a divulgação de indicadores econômicos até a reunião de 10 de junho.Para o especialista, um ponto importante para a confirmação desse quadro de redução nos juros é o governo não errar mão no lado fiscal, pois um aumento mais significativo dos gastos pode vir a limitar o espaço de utilização da política monetária.De volta à agenda do dia, a sondagem do Banco Central (BC) com agentes de mercado mostrou uma elevação na projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no final de 2009. A taxa passou de 4,3% para 4,36%. Para 2010, contudo, o ajuste foi de baixa, com a estimativa recuando de 4,32% para 4,30%.Depois de duas revisões para cima, o prognóstico para o Produto Interno Bruto (PIB) voltou a piorar. A contração estimada saiu de 0,30% para 0,44% em 2009.Apesar do forte recuo no preço da moeda americana durante a semana, a taxa de câmbio esperada para o final do ano foi mantida em R$ 2,20. Para o Banco Fator, tal projeção deve ceder nos próximos relatórios.Mesmo com a piora nas estimativas de crescimento a previsão da Selic no final de 2009 foi mantida em 9,25% pela sétima semana consecutiva.(Eduardo Campos | Valor Online)

Fonte: Valor

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