IEDI prevê retração do emprego industrial no primeiro trimestre
A perspectiva de crescimento do desemprego na indústria, identificada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pode se agravar ainda mais no primeiro trimestre do ano. A avaliação é do economista Rogério Cezar de Souzado, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), informa a Agência Brasil. Ele explicou que quando há redução na produção, conseqüentemente o emprego fica prejudicado. No entanto, as demissões ocorrem em espaço de tempo posterior à queda da produtividade.
O fato é que entre o que a empresa produz e o emprego há uma diferença. A evolução desses dois agregados econômicos tem um comportamento diferenciado, afirmou. Segundo Souza, acumulando outubro e novembro a produção industrial já caiu cerca de 8%, enquanto o emprego registrou retração de 0,6%.
O que chama atenção para os próximos meses, contanto com essa idéia de defasagem (em relação ao percentual de queda da produção industrial e o ritmo de desemprego), é que a industria ainda está se ajustando em dezembro e janeiro em relação à produção. Com o emprego não será diferente, argumentou. Em dezembro, o emprego ainda pode apresentar um comportamento estável ou uma queda, mas o primeiro trimestre do ano não será bom para o emprego, acentuou.
Para o economista, a industria brasileira acusou de modo muito rápido o agravamento da crise de meados de setembro.
Fonte: Fenaseg