Ibovespa sobe forte após EUA surpreenderem com a criação de 2,5 milhões de empregos
O Ibovespa dispara nesta sexta-feira (5) após dados econômicos dos Estados Unidos mostrarem uma recuperação impressionante do mercado de trabalho. O Relatório de Emprego mostrou que o país criou 2,5 milhões de postos de trabalho no mês passado, enquanto os economistas ouvidos pela Bloomberg projetavam uma queda de 7,5 milhões no número de empregos.
Além disso, a taxa de desemprego dos EUA caiu de 14,7% para 13,3%. Os economistas esperavam que ela subisse para 19% no período. O dado mostra que a recuperação em V das economias que saem das quarentenas é uma realidade e que a crise do coronavírus, pelo menos nos países desenvolvidos, pode ter duração menor do que esperavam os especialistas.
Às 10h11 (horário de Brasília) o Ibovespa subia 3,17% a 96.804 pontos.
Enquanto isso, o dólar comercial tem baixa de 2,41%, a R$ 5,0064 na compra e R$ 5,0076 na venda. Já o dólar futuro para julho opera em queda de 2,3% a R$ 5,007.
No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 vira para alta de três pontos-base a 3,03%, o DI para janeiro de 2023 tem alta de dois pontos-base a 4,07% e o DI para janeiro de 2025 recua um ponto-base a 5,70%.
Por aqui, as manifestações pró-Democracia marcadas para domingo entram no radar dos investidores. Representantes do governo e do Distrito Federal irão se reunir para definir se a Força Nacional de Segurança Pública deve ser utilizada nos protestos que ocorrerão na Esplanada dos Ministérios.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, pediu para que seus apoiadores não vão às ruas no fim de semana e chamou os manifestantes contra seu governo de “marginais”. Os protestos ocorrem em um momento em que o número de vítimas fatais pela Covid alcança um novo recorde, com 1.473 óbitos em 24 horas.
Protestos nos EUA
Mesmo com ameaça de mobilização do Exército, as maiores cidades americanas continuam registrando protestos nos Estados Unidos contra o racismo e a violência policial.
Teve início na quinta-feira a série de cerimônias de George Floyd, assassinado no início da semana passada pela polícia de Minneapolis.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apesar de ter condenado a morte de Floyd, tem adotado um tom severo em relação às manifestações. Essa postura fez a associação de defesa dos direitos civis ACLU apresentar uma denúncia judicial contra o presidente, que na última segunda-feira usou a ação da polícia contra uma manifestação pacífica que ocorria em frente à Casa Branca.
Fonte: NULL