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Grupo XL terá no Brasil duas resseguradoras

Mais uma resseguradora estrangeira está desembarcando no Brasil. Ontem, a XL Re, uma das maiores do mundo, anunciou que vai montar duas empresas no país e contratar cerca de 60 funcionários.
“Vemos grande oportunidade de crescimento no recém-aberto mercado brasileiro de resseguros”, afirmou ao Valor, por correio eletrônico, Christopher Guidette, porta-voz do grupo nos Estados Unidos. Segundo ele, ainda não foram acertados os valores que o grupo vai investir no país. Já foi definido que terá um escritório no Rio e outro em São Paulo e que vai operar em todos os segmentos.
Para contornar a falta de executivos especializados em resseguro, a XL Re trará alguns profissionais de fora, segundo Guidette. Além disso, pretende contratar jovens profissionais no mercado de seguros e dar treinamento em resseguros. As operações no país serão tocadas por Carlos Caputo.
A XL vai montar um resseguradora local, que exige capital mínimo de R$ 63 milhões. Além disso, vai criar uma resseguradora admitida (operando por meio de escritório de representação), que exige US$ 5 milhões. Esta foi a forma, segundo Guidette, de o grupo ter acesso a 100% do risco do mercado brasileiro, com uma resseguradora repassando parte do risco para outra (a chamada retrocessão).
A XL Re pertence ao grupo XL Capital, que tem uma parceria no país com o Itaú para atuar no mercado de seguros de grandes riscos industriais.
Ao menos mais uma resseguradora estrangeira deve anunciar a abertura de uma empresa local no país, afirma Armando Vergilio dos Santos, presidente da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Segundo ele, três grupos estão em conversas com a autarquia e pelo menos um deles pode abrir uma empresa aqui. Os outros dois abririam resseguradoras admitidas.
Vergilio disse que a Susep está fazendo o “possível e o impossível” para garantir que a abertura do resseguro ocorra, de fato, a partir do dia 17, quando entra em vigor a nova legislação. É a Susep que aprova a criação das novas resseguradoras e a demanda das estrangeiras tem surpreendido os técnicos. Muitas companhias deixaram para entregar a papelada na última hora.
No mercado, comenta-se que a Susep tem uma estrutura muito defasada frente à nova realidade do mercado de seguros e o de resseguros. Um dos projetos da autarquia, emperrados em Brasília, é criar uma estrutura de cargos de chefia com 34 profissionais, para chefiar as novas atribuições da Susep, que desde 2007 passou a controlar o mercado de resseguros.
São esperadas cerca de 20 resseguradoras admitidas. As locais já somam cinco companhias. Além do IRB-Brasil Re, há a J. Malucelli, a Munich Re e a Mapfre Re.

Fonte: Valor

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