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Grupo JMalucelli aposta em fundo de pensão para o INSS

De olho no aumento do poder aquisitivo dos brasileiros e baixas taxas de desemprego, o grupo JMalucelli recebeu autorização para o início do plano JMalucelli Previdência, administrado pelo Fundo Paraná de Previdência Multipatrocinada, com potencial de 70 milhões de clientes: contribuintes do Instituto Nacional do Seguro Social(INSS).
Para 2013, a expectativa está em obter cinco mil associados. “Não há finalidade lucrativa. O grupo JMalucelli ganha ao ter a oportunidade de estar ligado a um número maior de brasileiros, além de administrar um volume crescente de recursos e popularizar a marca”, diz Renato Follador, presidente do Fundo Paraná de Previdência Multipatrocinada
Semelhante aos tradicionais fundos de pensão dos funcionários de grandes empresas, como a Previ, do Banco do Brasil, e a Funcef, da Caixa Econômica Federal, o JMalucelli Previdência será um fundo de pensão fechado, com rentabilidade média de 16% ao ano e taxa de administração de 6%. O diferencial, no entanto, está no público-alvo: contribuintes do INSS e familiares.
“Esse plano democratizou os fundos de pensão, que agora estão abertos a todos”, enfatiza Follador. O executivo detalha que no Brasil e no mundo os fundos de pensão -ou previdência complementar fechada, como também são chamados- são restritos a funcionários de um órgão ou empresa que efetuam as contribuições mensais, pagam taxa de administração anual e administram os recursos financeiros.
O principal diferencial entre a previdência fechada e aberta, segundo Follador, está no custo, já que o primeiro possui somente a taxa de carregamento, em torno de 6% ao ano, e não há a taxa de administração financeira, com média de 3% ao ano.
“Há ainda a questão do retorno, porque no banco ou seguradora a rentabilidade primeira vai ao acionista, depois aos funcionários (gerentes, corretores etc.), em seguida à área de marketing e por último ao segurado”, diz o presidente, que ressalta ainda a rentabilidade média de 16% ao ano, enquanto na previdência aberta pode chegar ao máximo de 11%. “A diferença é de cinco pontos percentuais [p.p.] ao ano e, em 20 anos, o retorno é três vezes maior.”
Ao ser questionado dos motivos da diferença, Follador detalha que está na administração dos recursos, realizada pelos próprios associados, com consultoria à disposição. “Eles [bancos e seguradoras]fazem o arroz-com-feijão porque custa mais dinheiro ter gastos com profissionais para assumir riscos.”
No caso do fundo de pensão para contribuintes do INSS, 45% dos recursos serão alocados em ações, 45% em renda fixa pública e privada e 10% em investimento estruturado. “Os fundos de pensão assumem mais riscos, porque sabem que no longo prazo a rentabilidade do setor produtivo (empresas) é maior”, diz Follador.
Segundo o presidente do fundo Paraná, a consequência no mercado previdenciário poderá ser vista em dois ou três anos, já que se trata de um produto inovador. “Vai obrigar os bancos a reverem suas taxas de administração. Isso deve ocorrer em dois ou três anos, porque 2013 é ainda um ano de consolidação.”
O plano de Benefícios JMalucelli Previdência levou seis meses para ser aprovado pelo Banco Central, Ministério da Previdência Social e Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

Fonte: DCI OnLine

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