Grupo Aon bate recorde no Brasil e negocia R$ 2,2 bi; IRB lucra mais
O Grupo Aon, uma das maiores corretoras e consultorias de seguro do mundo presente em 120 países, teve no Brasil um dos melhores crescimento globais em 2008. A Aon registrou aumento de 28% no faturamento e os prêmios bateram em R$ 2,2 bilhões. No primeiro trimestre de 2009, a expansão foi de 16%. O IRB-Brasil Re também anunciou os números de 2008, com prêmios estáveis de R$ 3,2 bilhões, lucro 8% maior, de R$ 403 milhões, e aumento de 81% nos sinistros, para R$ 1,2 bilhão.
A Aon Brasil é formada por várias divisões, cada uma focada em segmentos específicos. A Aon Affinity, que vende seguros por meio de parcerias com concessionárias de energia elétrica e varejo, movimentou prêmios de R$ 362 milhões. A Aon Risk Services, focada em ramos elementares, e a Aon Consulting, que oferece apólices na área de benefícios, movimentaram R$ 1,4 bilhão. No mundo, a corretora colocou no mercado nada menos que US$ 89 bilhões em prêmios, mais que o dobro do movimentado por todo o mercado brasileiro de seguros e resseguros.
José Felipe Vieira de Castro, executivo responsável pela Aon Risk e a Consulting, conta que parte do crescimento de 2009 ainda é reflexo de negócios fechados em 2008, mas também houve novos negócios este ano, principalmente em infraestrutura. A Aon participou, por exemplo, da colocação da apólice da usina de Santo Antônio, no rio Madeira. Ele projeta expansão entre 15% e 20% para 2009.
Em 2008, o segmento de benefícios cresceu 42%, seguido pela área de transporte (38%), riscos de engenharia (31%) e produtos financeiros (24%). Este ano, conta o executivo, o transporte de cargas teve baixa considerável e o desempenho de 2008 não deve se repetir.
A corretora passou por um processo de mudanças nos últimos dois anos. Só no ano passado foram contratados 120 executivos. “Entramos em 2009 com o time pronto.” A Aon Brasil tem 14 filiais espalhadas pelo país.
No IRB, o resultado operacional também caiu, ficando em R$ 177 milhões (em 2007, foi de R$ 703 milhões). Segundo comunicado do IRB, a queda decorreu “das condições menos favoráveis nos contratos de retrocessão mantidas com o mercado internacional, em face da concorrência; da elevada frequência e severidade de sinistros, verificada também no exterior; e do aumento das provisões técnicas, no valor de R$ 471,5 milhões.” O ramo de garantias foi o que mais cresceu.
Fonte: Valor