Governo federal identifica 178,5 mil pessoas em áreas de risco em 28 cidades
Levantamento realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão
do Ministério de Integração Nacional, encontrou 178,5 mil pessoas
residentes em áreas de extremo risco em 28 municípios brasileiros. O
estudo foi apresentado nesta quinta-feira (15), em Brasília, durante
divulgação da estratégia da Defesa Civil Nacional para os períodos das
chuvas.
De um total de 251 municípios das regiões Sul e Sudeste com possível
risco de desastres naturais inundações e deslizamentos , a CPRM
mapeou 28 em situação de alto risco e muito alto risco. A iniciativa do
governo faz parte de uma ação emergencial, cujo objetivo é realizar o
mapeamento de 56 cidades até o começo de 2012. O levantamento das 251
cidades, dividido com outros órgãos do governo, deve ser finalizado até
2014.
De acordo com o diretor da CPRM, Thales Sampaio, as informações já
foram transmitidas para as defesas civis e órgãos envolvidos no governo
federal. Com o mapeamento poderemos salvar vidas, conscientizar a
população e governos estaduais e municipais, afirmou. Durante o
trabalho (de mapeamento), as equipes avaliaram as áreas e explicaram para a população o risco de viver nesses locais.
O mapeamento encontrou 47.500 mil pessoas morando em áreas risco em
seis municípios do Espírito Santo; 45.986 mil em nove cidades de Santa
Catarina; 25.526 mil em seis cidades do Rio Grande do Sul; 1.736 em
quatro cidades do Paraná, 2.650 em Outro Preto (MG) e 10.160 em Nova
Friburgo (RJ). Além disso, 44.967 municípios estão em risco em Angra dos
Reis (RJ), cidade com maior número de pessoas em situação de perigo.
No total são 41.085 moradias e 168.365 de pessoas em áreas de alto
risco e muito alto risco. O levantamento também encontrou 10.160
moradores em situação de risco em Nova Friburgo, no mapeamento do risco
remanescente, totalizando mais de 178.500 pessoas nessa situação, em 28
cidades brasileiras. Numa segunda fase o mapeamento será feito na região
Nordeste e Norte.
Para o secretário nacional de Defesa Civil,
Humberto Viana, é necessário criar uma cultura de prevenção a desastres.
“Cada R$ 1 investido em prevenção equivale a R$ 7 que seriam gastos em (eventual) resgate”, destaca.
Fonte: redebrasilatual.com.br