Governo crê que abertura do resseguro saia ainda este ano
O Governo trabalha com a hipótese de aprovação ainda este ano do projeto de lei que regulamenta a abertura do mercado de resseguros brasileiro. “Acreditamos que será possível atingir esse objetivo pelo menos na Câmara”, afirmou nesta quinta-feira ao Jornal do Commercio o secretário adjunto para Reformas Institucionais, da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Otávio Ribeiro Damaso, que também é presidente do Conselho de Administração do IRB Brasil Re.
Segundo ele, o IRB já está pronto para a abertura. Otávio Damaso lembrou que, nos últimos dois anos, a empresa vem se preparando para o cenário sem o monopólio nas operações de resseguro no Brasil. A maior parte dos investimentos foi canalizada para cobrir lacunas, especialmente nas áreas de governança corporativa, informática e na profissionalização do sistema operacional. “O IRB tem plenas condições de competir em um mercado aberto e prestar bons serviços aos clientes, que são as seguradoras”, acrescentou.
Nesta quinta-feira, Otávio Damaso e o presidente do IRB, Eduardo Nakao, estiveram na Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg) para assinarem o compromisso de adesão da resseguradora ao Código de Ética do Mercado de Seguros. Segundo eles, o código servirá como “um selo de qualidade” para a empresa nas suas relações de mercado. “O IRB é uma empresa do mercado e não poderia deixar de aderir a esse Código de Ética. Com a adesão, assumimos um compromisso de respeito e de ética, o que traz qualidade nas relações de credibilidade para a resseguradora”, destacou Otávio Damaso.
Por sua vez, o presidente da Fenaseg, João Elisio Ferraz de Campos, revelou que 86 empresas do mercado, além do IRB, já aderiram ao Código desde o lançamento, em agosto deste ano. Ele comentou que o documento é um passo importante no processo de desenvolvimento do mercado. “Em breve, vamos avançar ainda mais, com a criação do Conselho de Ética”, adiantou.”
Guias. Além do conselho, que será formado inicialmente pelos executivos que integram o Conselho Consultivo da Fenaseg e terá a função de garantir que as empresas signatárias do código cumpram os seus mandamentos, está prevista também a elaboração de guias de boas práticas. O objetivo é que os próprios representantes das empresas que aderiram ao Código de Ética elaborem esses guias, que serão divididos por ramos ou segmentos de atividades.
Fonte: Jornal do Comercio